
O espiritismo tenta nos ensinar que :
“...nossos pequenos mundos individuais são criados pelas nossas palavras...” e “...uma vez proferida uma palavra , nada mais a destrói...”
O pensamento do poeta, refletido na letra da música, diz :
“...todo verbo que é forte se conjuga no tempo...”
Nesta sexta eu e a Lu assistimos ao , na minha opinião, magnífico “The kings speech” , um drama real baseado na vida de uma “celebridade”, o rei .
O mote do filme trata a relação de Bertie ( o rei na intimidade ) e Lionel Logue, um terapeuta de fato que o clero tenta sacanear, pois o brilhante profissional não tinha sua titulação por “direito”.
Durante as seções de terapia da palavra o grande rei tem que descer do seu pedestal de orgulho e abrir seu coração para Lionel , cuja experiência com o tratamento dos soldados da primeira guerra o capacitou e diplomou para o exercício competente da profissão.
No desenrolar da película descobrimos que mesmo a realeza está sujeita as mazelas existenciais e até o filho do rei, igual aos filhos da classe média do mundo contemporâneo, está sujeito ao sadomasoquismo das profissionais intituladas “babás”; internalizando os conflitos psicológicos que “atrapalham” a vida de adulto. Afinal, como diz Lionel, ninguém nasce gago.
Nossa história nos presenteou com grandes oradores, para o bem e para o mal, como :
- Martin Luther King , com seu insuperável “ ...I have a dream ...”, tentando convencer aos yankees latifundiários do sul, que comungavam com as diretrizes nazista, que a cor da pele não altera a essência do ser.
- Adolf Hitler, que em seus discursos , trabalhou com perspicácia a carência e o orgulho do povo alemão que havia ficado no maior sufoco e pagando o ônus da primeira guerra, convencendo-os de que “amar a seu próximo como a ti mesmo” era um privilégio da raça ariana e o resto seria apenas o resto.
E aqui, não poderia deixar de citar o nome de um grande ser humano, o qual tive o privilégio de ouvir, o brilhante orador e escritor espírita Divaldo Pereira Franco. Divaldo tem o poder da palavra, sabe como ninguém dosar a palavra e a emoção que a dimensão do tema exige.
Atualmente os “grandes oradores” estão atuando, principalmente, no mercado corporativo para influenciar, ou direcionar,o “inconsciente coletivo” dos pretensos colaboradores/gestores.
Bem , nosso pequeno planeta mudou radicalmente e as relações humanas vivenciam a tríade solidão-medo-virtualização, sendo a tecnologia e a Internet nossa maior e mais significativa forma de se expressar. Até que estamos tendo resultados satisfatórios pois o “anonimato” tecnológico está nos permitindo a coragem da liberdade de expressão e estamos até conseguindo “demitir” ditadores de plantão dos altos cargos de Gestão de Pessoas, cuja diretriz visa o próprio lucro, luxo e os prazeres mundanos. Afinal o povo é apenas o resto...
Pensando no poder mágico das palavras e na oportunidade de dizer-lhes algo com alguma consistência, juntei algumas frases e pensamentos que refletem o meu desejar:
“ Embalados na premissa de que tudo nos é lícito mas nem tudo nos convém; tudo na vida vale a pena.
Se não valeu pela leveza das folhas,
Que tenha valido pela beleza das flores,
Se não valeu pela leveza das folhas ou pela beleza das flores,
Que tenha valido pela doçura dos frutos,
Se não valeu pela leveza das folhas ou pela beleza das flores ou pela doçura dos frutos,
Que tenha valido pela força e firmeza do caule,
E se mesmo assim, se não valeu pela leveza das folhas ou pela beleza das flores ou pela doçura dos frutos ou pela força e firmeza do caule,
Que tenha valido pela intenção da raiz”.
http://www.youtube.com/watch?v=gZLvSnr6s50&feature=related