quinta-feira, 15 de março de 2018

Pela paz que eu não quero sentir


Olá pessoas, em um post de meu blog publicado em 10 de outubro de 2010, eu escrevia:

- “para exorcizar os "vícios" herdados desde 1800, onde o povo da favela é "usado" ao bel prazer do dono da "senzala"

Este post descreve meu entendimento/interpretação do filme Tropa de Elite 2 e outro dia estava conversando com um amigo sobre a violência no Rio de Janeiro, em um determinado momento falei:
- Para entender como funciona o “sistema” carioca, veja os filmes Tropa de Elite 1 e Tropa de Elite 2, pois com maestria impar os filmes retratam o “modus operandi” dos poderes paralelos, sendo que no 2 a situação fica bem clara no âmbito nacional. Para aqueles que não lembram o filme termina no Congresso Nacional.

Ontem, infelizmente, fomos surpreendidos com o assassinato brutal da Vereadora, Mulher, Inteligente, Negra e Bela Marielle Franco, cuja militância abrilhantou seu curto período na atual encarnação.
Marielle foi uma guerreira, guardada as devidas proporções foi o “Fraga” da ficção, na realidade do Legislativo Carioca.
Como grandes personagens da história de nosso pequeno planeta, Marielle se eternizará como Luther King, Gandhi, Chico Mendes, Patrícia Acioli e com certeza será a chama, o símbolo de uma  mudança há muito esperada.

Que sua morte nos faça sair da bolha, da triste linha de conforto, que nos faça levantar a bunda da poltrona.
Que sua morte nos inspire a coragem para mudar e entendermos definitivamente que todos, ricos, pobres, negros, brancos, vermelhos, amarelos, pardos etc partilhamos o mesmo “ecossistema” e que o desequilíbrio do mesmo afeta a todos.

Não queremos milicias, não queremos comandos, não queremos esta corja de empresários travestidos de políticos, não queremos os "coronéis" do poder, não queremos um judiciário que julga pelo empirismo de seus interesses e cuja jurisprudência é diretamente proporcional ao poder financeiro ou político do réu.

“A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz, Paz sem Voz
Não é paz, é medo” O Rappa.


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