E aí nômades e nativos, quanto tempo! “
Para aqueles que não sabem o “E
aí nômades e nativos” é tipo um “Good Morning Vietnã”, guardando as devidas
proporções, é claro. Era o “jargão” de meus e-mails semanais para galera do
Centro de Gerência, que não era o Rio Mekong, mas também tinha muita “emoção”.
Creio que alguns gostavam de meus
e-mails, outros achavam que era um monte de bobagens e os demais achavam que eu
era doido.
Enfim, hoje levantei as 6, fui
passear com a Nala e o amanhecer no Atlântico Sul estava embalado nos braços do
vento NNE. Normalmente ventos norte-nordeste deixa o mar “sujo”, ou tipo caldo
de cana, não é sujeira é uma corrente que vem do fundo do mar para superfície e
aí a areia do fundo sobe, algo tipo ressurgência e a água estava, vamos dizer,
geladinha.
Depois do passeio com a Nala
bateu o rango, tomei meu café e depois fomos, eu e a Lu, ver se a água do mar
estava salgada.
O mar estava com aquelas ondinhas
básicas e bem legal para pegar um jacarezinho. Montamos nosso guarda sol,
cadeiras, a Lu encontrou umas amigas e ficamos no papo e apreciando o mar.
Sempre observo o mar antes de
entrar na água, vendo como está a sinalização dos bombeiros, e sempre entro
onde não estão as bandeiras vermelhas, de preferência onde está a bandeira
verde. Entrei na água e bateu o arrepio natural devido a temperatura. Depois do
primeiro mergulho, ficou tudo de boa e comecei a brincadeira de “cavalgar” nas
ondas e disputando espaço com os surfistas. Um jacarezinho aqui, outro ali e a
brincadeira estava bem divertida. Marquei bobeira e de repente caí em um buraco,
até aí tudo bem, quando subi esperei a onda para embalar em mais um jacaré, só
que a coisa começou a ficar um pouco complicada pois caí na corrente de
retorno. Olhei para direita não tinha ninguém, olhei para esquerda tinha dois
surfistas e lá no “horizonte” o posto de salva vidas. Vamos lá, nadei e tentei
pegar carona em uma onda, mas a correnteza começou a me puxar, pensei:
- Meu Jesus Cristinho, fudeu!
Bem comecei a lembrar das dicas para
“sobreviver” nas correntes de retorno (não lutar contra a correnteza, manter a serenidade, nadar paralelo a areia
da praia ou deixar a correnteza te levar, pedir ajuda) e com tranquilidade e a ajuda de uma ondinha
enviada pelo acaso, pelo destino ou pelo Papai do Céu, consegui sair do buraco.
Coisa linda!
Bem, esta foi minha pequena
aventura do dia.
A guerra do Vietnã, como atualmente
a guerra da Síria, do Iraque, da Palestina os conflitos perenes na África etc.,
visam atender aos mais diversos interesses políticos e econômicos em um mundo
de ideologias hipócritas.
Que, em um futuro próximo, “nossas
lutas” se resumam em ter a serenidade para “dialogar” com a “natureza” e sair
de uma “corrente de retorno”, pois quando brigamos com a natureza, todos perdemos.
Uma bela semana para todo mundo.
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