sexta-feira, 13 de maio de 2011

A RBS e a tecnologia a serviço da mobilidade.

Nesta semana, durante o Jornal do almoço apresentado pela RBS, o apresentador Cacau Menezes fez uma chamada ao vivo da rua Felipe Schmidt .
Se minha memória não falha, a matéria tratava as nuanças do cotidiano urbano em uma rua famosa do centro de Floripa. Até aí nada de muito diferente, todavia o recurso tecnológico para levar a informação à mesa dos manezinhos e forasteiros era inovador.
Não se tratava daquela coisa de carro com parabólica alinhada a um satélite, mas sim um “simples” acesso 3G acoplado a uma câmera permitindo a tão sonhada mobilidade que todo bom repórter e cinegrafista almejam.
Durante a transmissão, que acabou sendo interrompida, imagem e som começaram a sofrer, penso eu, os males do jitter, perdas de pacotes e todos os efeitos colaterais que alguns protocolos e configurações, ao serem implementados, tentam minimizar nas redes de pacotes; ou efeitos que poderíamos chamar de inerentes ao meio: absorção, reflexão, refração etc.
Pensando em tecnologia, mais especificamente em multimídia ( voz e vídeo ) poderíamos dizer que a velha e boa PSTN ( Rede Pública de Telefonia Comutada ) foi “abduzida” pela rede IP, sendo que esta foi, e continua sendo, devidamente “turbinada” por QoS,VPN,MPLS, IPV6,amparada por fibras óticas e DWDM e os acessos estão de vento em popa rumando para o 4GLTE.
Em breve tempo o “ADSL” será top apenas para as classes C, D, E, já a galera da grana irá desfilar por aeroportos, bares, shopping etc com os seus end-point LTE.
Desconheço a solução de rede de transporte que o provedor está fornecendo para a RBS, todavia a transmissão do repórter Roberto Kovalick , em uma estação de metro no pós terremoto no Japão, comprovou que a solução é no mínimo plausível.
Quem sabe um “tuning” no BGP já traga melhoras consideráveis.
Bem, pensando na tecnologia a serviço da mobilidade, fico pensando o motivo pelo qual nossos ilustres governantes e especialistas no assunto, não conseguem propor uma solução viável, inovadora e sustentável para a mobilidade humana.
Sei que não é simples pois nosso ciclo de sustentação econômica tem que permitir a compra de automóveis por R$300,00 mensais, motos por R$100,00 mensais ( TV, CELULAR, GELADEIRA etc) para gerar emprego, gerar lucro, gerar inflação, dar uma freada, começar de novo; cabendo à telinha e aos meios de comunicação, subliminarmente, nos induzir ao CONSUMO.
Como a mudança desse modelo “antropofágico” passa por uma revolução radical do “comportamento humano”, pois envolve dinheiro e poder, vamos ficar apenas na solução da mobilidade urbana na nossa bela ilha, ou seja:
Sugestão : vamos andar de bicicleta ?
Floripa! Se não cuidar vai virar cenário de “O livro de Eli”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário