segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dentro da baleia mora mestre Jonas.........



Sob a batuta da premissa da lei de “causa e efeito” , em nosso pequeno planeta globalizado, as queimadas do centro-oeste trouxeram uma névoa seca atípica para o sul, mudando o inverno e nossa sensação térmica.
Como era sexta-feira, resolvi pegar minha sacola e rumei para os Açores. Chegando lá não fui direto para casa, resolvi dar uma passada no posto do salva-vidas e dar uma olhada no oceano Atlântico. Ondas pequenas, mar tranqüilo e “ninguém” pegando onda, a princípio.
De repente percebi um esguicho pouco habitual no balneário, logo após outro e mais um, então vi algo inusitado, um presente do reino animal para o meu coração de menino. Havia várias baleias “pegando onda” no balneário e a emoção bateu forte. Como criança eu sorria ao presenciar o balé das meninas, com suas “caldas” subindo e descendo configurando uma coreografia única, vivenciada por poucos privilegiados e trazendo um facho de esperança para uma sustentabilidade decadente.
Fiquei por uma hora extasiado com algo tão belo. Comecei a conversar com uma jovem argentina e comentávamos a nossa alegria. Olha lá , olha ali, olha outra. A portenha me falou que no sul da Argentina elas também aparecem, dando aquele show peculiar no modo de nadar. Falei para ela da época em que no RJ, ao pegarmos a barca para ilha de Paquetá, éramos “escoltados” por golfinhos, algo que marca a lembrança de qualquer criança e que infelizmente, hoje , não mais existe.
Não há como descrever a emoção do momento com as queridas baleias, algo que fica tatuado em nossas mentes, em nossos corações e nos faz divagar sobre a grandiosidade da mãe natureza através de um ser grande e gracioso que habita em nossos mares.
Acabei não dormindo no sul e retornei para o “centro-oeste” da ilha. Chegou sábado e o efeito estufa aumentou, nos dando a impressão de um verão perdido no tempo, pensei : nossas amigas devem estar curtindo o “verão” no sul, rumei para os Açores. Nossas amigas haviam saído do balneário e rumaram para solidão e o saquinho, como o meu brother mago das lentes e poeta da fotografia, o grande Milton, havia me ligado; fomos no Arantes comer um camarãozinho acompanhados por umas “Originais” da hora, jogar uma conversa fora e matar a saudade. Para variar ele e sua lente produziram belas imagens dos nativos.
Chegou domingo e o efeito estufa teimava em ficar no sul, peguei a Lu e o TH mais novo e subimos a trilha do saquinho para rever nossas queridas amigas. Duas mamães com suas crias se refestelavam perto da arrebentação e ficamos um bom tempo apreciando o espetáculo.
Retornamos para o Açores e eu convidei o TH para um mergulho na Atlântico, entramos na água e rapidamente percebemos que na água só com uma long de neoprene, mais deu para “despertar” o corpo, a mente e o espírito.
Que coisa linda..................
http://www.youtube.com/watch?v=e-x86iiozsc&feature=related

Um comentário:

  1. vi baleia ano passado em Imbituba! Simplesmente demais mesmo (: valeu pelo texto!

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