domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nossos filhos



A velhinha tentou sentar em uma cadeira de rodinhas e aos 87 anos não podia dar outra, caiu com a bunda no chão. Depois de algumas idas e voltas está passando uma temporada aqui em casa.
Hoje a Lu está em um evento, o Th mais velho foi para Ratones, o Th mais novo ainda está embalado nos braços de Morfeu, depois das baladas de Jurere e Daniela e o Th do meio chegou as 10h, com o Marcos, no MotoHome da gandaia.
Catei o produto bruto, após rango, da Frida e da Amora e logo após, com o velhinho, fomos  varrer a calçada e catar as folhas secas do pré-outono.
Perguntei ao Th do meio se ele iria almoçar em casa e ele me disse que ia ver.
Bem, após o serviço de jardinagem, tomei uma banhão (como diz o brother Tavares) e parti para o fogão para realizar o rangão: macarrão com alho, orégano e azeite e uma alcatra picada ao molho brother.
De repente aparece o Th do meio falando que iria a uma feijoada na casa de uma amiga. Eu falei para ele: ué meu brother pensei que fostes rangar em casa, ele respondeu : sabe como é, final de semana é uma caixinha de surpresas. 
Neste momento fiz uma viagem no tempo para internalizar a tal “caixinha de surpresas” e pensei: como é gostoso ser jovem e ter esta pseudo liberdade. Lembrei de quando eu tinha a idade do Th do meio e de como ele se parece comigo, esta coisa do compromisso descompromissado e da responsabilidade irresponsável baseada no princípio bíblico do “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
Um dia estava assistindo a uma palestra do grande Vander, que faz parte do maravilhoso grupo Sociedade Espírita Irmã Rosália, uma galera que eu tenho uma grande admiração e respeito. 
Na palestra o Vander abordava esta questão da preocupação dos pais para com os filhos e que temos por hábito pensar que coisas ruins vão acontecer com a meninada quando estão distantes, quando na real nossa postura deveria ser diferente, ou seja, como nossos filhos “não são nossos filhos e sim filhos da ânsia da vida”, devemos ter fé , acreditar na proteção divina, no nosso exemplo enquanto “pais’ e pedir que Deus os proteja, os abençoe e ajude-os a assimilar o contexto mais amplo do “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”
É isso, os meninos cresceram, cada um irá em busca de sua história e de seu destino, o que me cabe é a cada dia pedir ao pai: “Vai meu grande e amoroso brother, proteja e abençoe minhas crias”
http://www.youtube.com/watch?v=IG1ZU56tsdo