A velhinha tentou sentar em uma cadeira de rodinhas e aos 87
anos não podia dar outra, caiu com a bunda no chão. Depois de algumas idas e
voltas está passando uma temporada aqui em casa.
Hoje a Lu está em um evento, o Th mais velho foi para
Ratones, o Th mais novo ainda está embalado nos braços de Morfeu, depois das
baladas de Jurere e Daniela e o Th do meio chegou as 10h, com o Marcos, no MotoHome
da gandaia.
Catei o produto bruto, após rango, da Frida e da Amora e logo
após, com o velhinho, fomos varrer a
calçada e catar as folhas secas do pré-outono.
Perguntei ao Th do meio se ele iria almoçar em casa e ele me
disse que ia ver.
Bem, após o serviço de jardinagem, tomei uma banhão (como
diz o brother Tavares) e parti para o fogão para realizar o rangão: macarrão
com alho, orégano e azeite e uma alcatra picada ao molho brother.
De repente aparece o Th do meio falando que iria a uma
feijoada na casa de uma amiga. Eu falei para ele: ué meu brother pensei que
fostes rangar em casa, ele respondeu : sabe como é, final de semana é uma caixinha
de surpresas.
Neste momento fiz uma viagem no tempo para internalizar a tal “caixinha
de surpresas” e pensei: como é gostoso ser jovem e ter esta pseudo liberdade.
Lembrei de quando eu tinha a idade do Th do meio e de como ele se parece
comigo, esta coisa do compromisso descompromissado e da responsabilidade irresponsável
baseada no princípio bíblico do “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
Um dia estava assistindo a uma palestra do grande Vander,
que faz parte do maravilhoso grupo Sociedade Espírita Irmã Rosália, uma galera
que eu tenho uma grande admiração e respeito.
Na palestra o Vander abordava
esta questão da preocupação dos pais para com os filhos e que temos por hábito
pensar que coisas ruins vão acontecer com a meninada quando estão distantes,
quando na real nossa postura deveria ser diferente, ou seja, como nossos filhos
“não são nossos filhos e sim filhos da ânsia da vida”, devemos ter fé ,
acreditar na proteção divina, no nosso exemplo enquanto “pais’ e pedir que Deus
os proteja, os abençoe e ajude-os a assimilar o contexto mais amplo do “tudo me
é lícito, mas nem tudo me convém”
É isso, os meninos cresceram, cada um irá em busca de sua
história e de seu destino, o que me cabe é a cada dia pedir ao pai: “Vai meu
grande e amoroso brother, proteja e abençoe minhas crias”
http://www.youtube.com/watch?v=IG1ZU56tsdo