segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Eu reconheço em ti aquilo que conheço em mim.

Olá pessoas, paco esto kun vi!
O tempo 2018 termina e 2019 inicia seu momento, em um ciclo contínuo e em um espaço de tempo no qual nosso pequeno planeta "cirandeia" em torno do Sol.
2018 foi algo singular nas terras tupiniquins, pois como em uma Cavalhada contemporânea encenamos uma guerra virtual de opiniões onde predominaram o egoísmo, o orgulho, a intolerância e alguns equívocos de conhecimento e entendimento em relação a ideologias, regimes políticos etc e pitadas de posicionamentos políticos, religiosos e econômicos os quais creio que Adam Smith, Marx, Engels,  Lutero, Kardec e outros, tenham estremecido em alguma morada da casa do Pai. Algo tipo "The shallows - What the Internet is doing to our brains" by Nicholas Carr ou quem sabe nossa caminhada rumo as "profecias" do brilhante Yuval Harari.
O mundo da Sociedade em Rede , da Era do Informacionalismo , conforme descrito pelo também brilhante Manuel Castells, mudou de forma radical e definitiva nossa existência, em um contexto mais amplo, porém nossa essência continua moralmente "acorrentada" há 2018 anos, para não ser tão remoto.
O processo eleitoral tupiniquim  oscilou das mais variadas bobagens a reflexões bem interessantes, o que a meu ver foi até "propositivo", principalmente no tocante a comportamentos e posicionamentos. Falamos muito e ouvimos pouco, comprovamos que conhecemos nosso processo politico, cultural, econômico e social com uma superficialidade preocupante, nossa visão holística do mundo tem miopia. 
Por um lado demos um show replicando fakes and fakes "patrocinados" por um MAINFAKE verde e amarelo e inspirado em Trump e seus bad boys e  pelo outro tivemos discursos piegas daqueles que perderam a oportunidade de fazerem a diferença, enquanto detentores do poder. Um grande desafio para historiadores, pesquisadores e seus papiros.
Fazendo uma reflexão solitária sobre , me veio o momento o qual a Lu estava participando do curso de Terapia Comunitária Integrativa , cujo criador é o  Dr. Adalberto Barreto e que é definida como: 

                   "um instrumento que nos permite construir redes sociais solidárias de promoção da vida e mobilizar os recursos e as competências dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Procura suscitar a dimensão terapêutica do próprio grupo valorizando a herança cultural dos nossos antepassados indígenas, africanos, europeus e orientais, bem como o saber produzido pela experiência de vida de cada um".

Pensando em nosso desafio de absorver a tecnologia, sem nos "perverter" , me chama atenção: "construir redes sociais solidárias."

"Eu reconheço em ti aquilo que conheço em mim" para o bem e para o mal, algo que a Lu me fala, que rola na Terapia Comunitária, e que sempre me, vamos dizer, incomoda.

Afinal, o sucesso de nosso relacionamento é dependente do equilíbrio que vamos conseguir entre o teu e o meu desejo. 

Que em 2019 possamos, realmente, construir redes sociais solidárias, quem sabe inspiradas na Terapia Comunitária e mesmo que estas sejam virtuais.

- Dia 25 de dezembro, grande parte da população mundial comemora e troca presentes, infelizmente esquecem do aniversariante e seus ensinamentos - 

https://music.youtube.com/watch?v=Uqvqc2o38tw&list=RDAMVMUqvqc2o38tw












terça-feira, 29 de maio de 2018

Uma nova Revolução Cognitiva


Em 2016 e 2017 eu era colaborador da Escola de Pais do Brasil e fiz algumas palestras em algumas escolas e empresas. Os temas abordados sempre giravam em torno de famílias, educação e tecnologia. Em uma das palestras eu iniciava fazendo referências ao início da humanidade, ou melhor, o surgimento do Homo Sapiens, a Revolução Cognitiva, a Revolução Agrícola, a Revolução Científica e Revolução Industrial. Dentre essas, a Cognitiva é a abordagem mais difícil, pois não se tem uma precisão do como, porque, onde ou quando, exatamente, aconteceu a mesma.
Talvez a cognição humana tenha surgido após Eva ter comido a maçã, talvez tenha surgido com a povoação, no planeta, dos espíritos da raça adâmica ou quem sabe o Fernão Capelo “Sapiens” estava cansado da mesmice e do marasmo de sua realidade existencial e alçou novos voos descobrindo que o “viver” era muito mais do que caçar para comer, sem se importar se estaria no inferno ou no paraíso.
Independente de como a Revolução Cognitiva ocorreu, ela foi um marco, o qual podemos chamar de: a necessidade do Homo Sapiens entender seu mundo e seus sentimentos de uma maneira, vamos dizer, holística.
Após a revolução cognitiva, todas as demais ocorreram e talvez possamos chama-la de “a mãe” de todas as revoluções que se seguiram.
Atualmente estamos na Terceira ou Quarta Revolução Industrial, ou Revolução da Informação, ou Revolução do Informacionalismo, ou Revolução Tecnológica, ou Revolução Virtual. Costumo dizer que nasci analógico, estou envelhecendo digital e desencarnarei de maneira virtual.
Juntamente com esta Nova Revolução, vivemos a era da superficialidade, do imediatismo, da necessidade da onipresença social, dos direitos perenes e dos deveres efêmeros, de um Deus particular, do Eu, da necessidade sufocante de ser feliz e “eterno”, da futilidade do aqui e agora.
Vivemos de verdades individuais e absolutas, de consumos incontroláveis, do gozo eterno, dos prazeres sublimes. Não ouvimos, precisamos falar, opinar, julgar. Meu reino, meu mundo, somos a essência da hipocrisia.
E que que nos resta? Onde iremos chegar? Creio que se faz urgente uma nova Revolução Cognitiva, talvez uma Revolução Cognitiva Comportamental (os psicólogos irão adorar). Uma introspecção direcionada para a nossa sobrevivência enquanto Homo Sapiens, uma nova abordagem de nossa realidade existencial, uma profunda e difícil mudança interior , a conscientização de que o “EU” não sobreviverá sem o “NÓS”.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Pela paz que eu não quero sentir


Olá pessoas, em um post de meu blog publicado em 10 de outubro de 2010, eu escrevia:

- “para exorcizar os "vícios" herdados desde 1800, onde o povo da favela é "usado" ao bel prazer do dono da "senzala"

Este post descreve meu entendimento/interpretação do filme Tropa de Elite 2 e outro dia estava conversando com um amigo sobre a violência no Rio de Janeiro, em um determinado momento falei:
- Para entender como funciona o “sistema” carioca, veja os filmes Tropa de Elite 1 e Tropa de Elite 2, pois com maestria impar os filmes retratam o “modus operandi” dos poderes paralelos, sendo que no 2 a situação fica bem clara no âmbito nacional. Para aqueles que não lembram o filme termina no Congresso Nacional.

Ontem, infelizmente, fomos surpreendidos com o assassinato brutal da Vereadora, Mulher, Inteligente, Negra e Bela Marielle Franco, cuja militância abrilhantou seu curto período na atual encarnação.
Marielle foi uma guerreira, guardada as devidas proporções foi o “Fraga” da ficção, na realidade do Legislativo Carioca.
Como grandes personagens da história de nosso pequeno planeta, Marielle se eternizará como Luther King, Gandhi, Chico Mendes, Patrícia Acioli e com certeza será a chama, o símbolo de uma  mudança há muito esperada.

Que sua morte nos faça sair da bolha, da triste linha de conforto, que nos faça levantar a bunda da poltrona.
Que sua morte nos inspire a coragem para mudar e entendermos definitivamente que todos, ricos, pobres, negros, brancos, vermelhos, amarelos, pardos etc partilhamos o mesmo “ecossistema” e que o desequilíbrio do mesmo afeta a todos.

Não queremos milicias, não queremos comandos, não queremos esta corja de empresários travestidos de políticos, não queremos os "coronéis" do poder, não queremos um judiciário que julga pelo empirismo de seus interesses e cuja jurisprudência é diretamente proporcional ao poder financeiro ou político do réu.

“A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego
Pois paz sem voz, Paz sem Voz
Não é paz, é medo” O Rappa.