No mundo contemporâneo, além da
revolução “Sociedade em Rede”, a revolução “feminina” foi tão, ou melhor, mais
impactante no tocante a, vamos dizer : relacionamentos, direitos e deveres.
Creio que em toda a história,
nenhuma “espécie” obteve tantas
"conquistas", como ocorreu com o mundo feminino nos últimos 10 anos, e isto foi
muito bom em todos os aspectos.
Há alguns dias comecei a ler o “Evangelho
segundo Jesus Cristo” do grande Saramago. Já nos primeiros capítulos o que me
chamou atenção especial foi a descrição
do papel da mulher, na sociedade da época , na maneira magistral de como Saramago descreve
Maria, sua relação com José e o quanto as mulheres ficavam em “segundo plano”,
até a mãe de Jesus.
No domingo passado assistimos o
Filme Alexandria, o filme retrata a época de 400DC, a disputa pelo poder entre
judeus e cristãos e no meio do caminho uma mulher brilhante chamada Hipátia
cujo grande pecado foi ter uma personalidade forte e ser filósofa.
O dia internacional da mulher
teve como “inspiração” um fato trágico, ou seja:
“História
do 8 de março
No Dia 8
de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte
americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e
começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na
carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de
trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a
receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de
trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A
manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas
dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram
carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém,
somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou
decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da
Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas
somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das
Nações Unidas).”
Pensando na condição feminina e que,
infelizmente, até nos dias de hoje ainda há aliciamento, agressões, tráfico e
uma discriminação velada com a mulherada;
dedico este post às “Hipátias” AC e DC, as Hipátias da fábrica de tecido, as “Hipátias”
que seguram as pontas de seus lares, maridos e filhos e as Hipátias que
disseram NÃO mesmo quando o mundo dito masculino queria um sim inconsequente,
obediente e escravo.
Repetindo o grande Gilberto Gil :
“ Quem sabe o super homem venha nos restituir a glória, mudando como um Deus o
curso da história, por causa da mulher”.
Um beijão para a mulherada.......