quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Iguatemi Shopping Floripa - na contramão da tecnologia


A Lu viajou para o Distrito Federal e uma das tarefas, a mim delegada, consistia em ir ao Shopping Iguatemi para trocar as notas fiscais pelos benditos “freemont” cupons.
No dia 23, à noite, havia estado no shooping para comprar o presente da Lu e conversando com a menina da loja ela me disse:
- venha trocar os cupons pela manhã, é bem mais vazio
No dia 24, acordei às 08:30hs. Fui  entregar o barril de chopp, vazio, ao pessoal da schornstein, voltei ao lar, peguei a bike e parti rumo ao Iguatemi para cumprir aquela coisa do “inconsciente coletivo”; afinal papai Noel existe..........
Entrei no shopping e fui em direção ao andar da "troca" para pegar nossa “habilitação” ao prêmio do ano. Lá chegando não acreditei, havia uma fila “duca”, composta pela galera que deve ter ouvido a mesma dica da “menina da loja”.
Bem, já que estou aqui, vamos encarar a parada. A peregrinação começou assim:
- enfrentei 55 minutos de fila para pegar uma senha.
- ao pegar a senha cadastrei meu celular e logo em seguida recebi uma ligação informando que meu processo de “candidato a ganhar o “carro do ano” havia iniciado e que faltando 20 minutos para minha vez, uma ligação me avisaria. Havia também uma previsão de atendimento, 01:20h.
Comecei a passear pelo Iguatemi, entrando em uma loja aqui outra ali, tomei um cafezinho e  de repente fui “convidado”, por uma lotérica, a candidatar-me a ganhar o troco de 200 milhões de reais. Não  tenho por hábito jogar em loterias e coisas do gênero, mas já que estava ali, pensei:
- quem sabe, posso dar um azar e ganhar toda essa grana.
Apostei 14 reais e retornei ao passeio.
Havia passado 01 hora e fui em direção ao balcão de trocas.
Meu celular tocou e eu ouvi:
- seu atendimento está próximo, favor ficar próximo ao balcão de trocas.
Após 01:15, além dos 55 minutos de fila, fui atendido. A menina pediu meu CPF, meu cadastro já estava preenchido e atualizado, peguei meus cupons, assinei e depositei os mesmos no “baú da esperança”.
Pedalando de volta ao lar fiquei pensando:
- atualmente a tecnologia nos oferece: compras pela Internet, compras em supermercado, via celular, passeando em gôndolas virtuais, home baking, e-learning, check in em voos, em lojas, restaurantes, bares etc, e-meeting e toda uma gama de serviços disponibilizados em celulares, tablets etc.
Então por qual motivo este processo de “premiação” no Iguatemi é tão, vamos dizer, analógico??? 
Quem sabe é aquele artifício basedo nos shows de artistas no Brasil, os quais somos obrigados a esperar 02 horas, além da hora prevsita de início, para consumir aquela cerveja de qualidade "duvidosa".
A tática do shopping deve contemplar este tempo de "espera" proposital visando um consumo "extra".
Referência bibliográfica para o pessoal que faz a gestão no Iguatemi: Internet, 802.11b,g,n,a.c, 3G, LTE, JAVA, Banco de dados,........
Para você boas compras !

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sempre a seu lado


O natal está chegando e como em todos os anos a galera tem por hábito “vivenciar” a tal confraternização, embalada pelo espírito da fraternidade. Sinceramente não entendo o motivo pelo qual a dita “confraternização” só ocorre nos “dezembros” .
Somando o término do ano letivo com a tão sonhada conclusão do curso, fizemos, eu e os pupilos “redes” do SENAI,  um churrasco “líquido” e não se trata de metáfora pois; para os meninos o “sólido” é apenas , vamos dizer, um detalhe.
Foi muito bom o “experienciar” a sala de aula, com os pupilos redes 2010 e Telecom 2010, aprendi muito com eles e espero ter contribuído um pouquinho para enriquecer  os momentos que compartilhamos o “conhecer”.
Após voltar do churras eu e o Th mais novo estávamos no rango e fomos acalmar a “lumbriga” no Shopping. Na saída do shopping encontrei meu grande brother Milton e Regina, no nosso papo rápido ele mencionou:
- Brother  não escreveste nada sobre o fim do mundo.
De fato pensei em escrever algo, mas não passaria do ratificar a “necessidade” humana de estar embalada por lendas e mitos e aquele medo de tudo que pouco, ou quase nada, conhecemos.
Bem , outro dia revi na telinha o filme “Sempre a teu lado” e me veio esta coisa de final de mundo, solidariedade, confraternização etc. No final da película, eu chorando para variar, fui para meu divã existencial e pensei:
- quem sabe o viver se resuma na busca perene para alcançar o mérito de ter alguém te esperando na “estação” e ter a certeza que este alguém, de forma incondicional, sempre estará a seu lado.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo




2012 está ficando remoto e 2013 começando, “talvez”, o sempre.
Em que estou pensando?
Nos sites de relacionamentos, é claro:
Fotos de aniversários
Churrascos com os brothers
Auto ajuda
Aquele dia na praia
Dormi : o mundo é lindo !
Meu filho, minha filha
Perder a barriga
O trampo
Acordei : odeio o mundo !
A academia
NY, Miami, Paris ! Chique não ?
A balada e o babaca
A namorada e o , deixa para lá....
Bafômetro! TÔ OUT.......
Meu carro, minha moto.
Estou, não estou
Quero, não quero
Sou, não sou
Meu amigo....amigo????
Penso, não penso
A novela, o reality show,
Leilão. Hein! Quem!
Mensalão
Joaquim e Ricardo
Eleição
O direito e o poder
Apenas o rigor da lei.....
Eu? Não é verdade.....
TV
Fim do mundo
Uma dica do Th mais novo:
Para você, um feliz Ano Novo........................................

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O pé de alface , a lua e o ventilador.


O relógio marcava 23:45h e eu chegava ao lar após conversar com meus pupilos sobre XMPP ( Extensible Messaging and Presence Protocol ). Para galera leiga, este “protocolinho” aborda a comunicação tipo chat e aquelas coisinhas de status (ocupado, on line etc), tipo bate papo do Gmail. Se você ainda não sacou deixa para lá, não é relevante.
Então! Cheguei em casa, dei um oi para O Th do meio, Amora e Frida, olhei para o fogão e havia uma caixinha com algumas sfiras by Habib´s que serviram para acalmar a larica noturna. Enquanto comia lembrei da salada do almoço que foi agraciada com o alface e a salsa que plantamos em nossa pequena horta, que fica ao lado do quarador, quaradouro ou coradouro. Foi a primeira vez que comi uma alface que nasceu e cresceu em meu quintal, que também nos brinda com limão, laranja, acerola, pitanga, jabuticaba e em breve maracujá doce. Cada pedacinho do alface foi degustado como o “manjar dos deuses”, algo mágico.
Dei uma zapeada na telinha, lembrei que Gabriela havia terminado e cosntatei que a única preocupação da imprensa nacional era com os efeitos Sandy em NY. Aliás adoramos documentar  “tragédias”  alheias.
Bem, os Th’s estavam em seus respectivos quartos e a Lu também já estava nos braços de morfeu. Estava um p... calor e liguei nosso air cooler refrigerado a água. As janelas estavam abertas e uma brisa suave afastou as nuvens nos presenteando com a luz prateada produzida por uma brilhante lua cheia. Não sei por qual motivo me veio à mente a bela cena da reconciliação da Bié com o Nacib. Os dois face to face e Bié falando que era como o vento que não pede para ventar, era a água e o fogo que brilha um espírito livre, que tem o direito de ir e vir, de dizer não quando todos dizem sim, da escolha, dessa liberdade que queremos e não temos. Surpreendentemente, tomando banho de lua, me senti livre.
Como não há noite “lúdica” que seja perene, nossos vizinhos mosquitos não estavam nem aí para minha “liberdade” e começaram a imitar a esquadrilha da fumaça nos festejos nacionais; e é aí que entra o tal ventilador. No verão passado a Lu  comprou um  ventilador tipo aqueles que víamos em salões de beleza , saca! Achei  um tanto quanto estranho e o bicho faz um barulho igual a hélice de avião bimotor, mas não há mosquito que resista ao efeito “Sandy” do ventilador retrô. Lembrei do belo filme “O palhaço” do Selton Melo, vale conferir.
É isso aí meus queridos como diriam manezinhos e baianos:
Que coisa linda por di mais....................
Beijo para todo mundo.

domingo, 23 de setembro de 2012

Tonico, Malvina e Gerusa

Fonte :http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilh%C3%A9us

Na ex Brt , o Fabio Borges tinha por hábito, quando o papo era ganho operacional, falar de sinergia “Quando se tem a associação concomitante de vários dispositivos executores de determinadas funções que contribuem para uma ação coordenada, ou seja o somatório de esforços em prol do mesmo fim, tem-se sinergia”. Fonte Wikipédia.
Tenho por hábito dizer que quando o universo conspira a favor, somado a eventuais méritos e sinergia, temos um resultado magnífico, pensando operacionalmente é aquela coisa de eficiência, eficácia e efetividade, algo que é um sonho, ou pesadelo, de gerentes e diretores das empresas. 
Cabe ressaltar que sinergia e vaidade são inversamente proporcionais.
Durante a semana que terminou, tivemos a oportunidade de assistir a um belo exemplo do que eu ousarei chamar de: a sinergia mágica entre atrizes, atores e direção by telinha.
Ocorreram dois momentos brilhantes num capítulo da “remasterização” novela Gabriela:
01 – Tonico Bastos, assessorado pela quenga, cujo amor próprio foi “ferido” pelo turquinho, presenteou  Gabriela com um cachorrinho. Sabe como é, quem gosta de joia é quenga, Gabriela tem índole de “cavalo chucro” embalada pela força da terra, da natureza; algo que  Nacib não entende, desejando que Gabriela seja tudo aquilo que jamais será: uma dama da sociedade...
Aqui pra nós, o entretenimento hipócrita da “sociedade”, na época, era por demais,  enfadonho.
Na cena, Tonico faz inveja aos conquistadores de plantão e independente dos “métodos”, leva Gabriela a render-se diante de sua aparente carência. Tonico aos braços de Gabriela, lágrimas, palavras, olhares, e uma gama de sentimentos e emoções com aquela pitada básica de “sinergia”.
02 – A “revolucionária” Malvina e a “rebelde” Gerusa resolvem experienciar a “entrega” total aos seus respectivos amados.
Chega de “esta noite vou te usar”, afinal toda mulher também merece um orgasmo.
As cenas da “entrega” das meninas foram algo mágico. Gerusa e Mundinho, Malvina e Rômulo, lábios, beijos, corpos nus, olhares, gestos, a avidez do desejo de um para com o outro, sem vulgaridades.
Suavidade, beleza, carinho, paixão, amor com mais uma boa dose de “sinergia”.
Imagino o momento de realização dessas cenas, câmeras, luzes, a direção, profissionais diversos, “vários dispositivos executores de determinadas funções que contribuem para uma ação coordenada, ou seja o somatório de esforços em prol do mesmo fim”.
Devido nossa “futilidade existencial” (BigBrother e Avenida Brasil no povão), e não por falta de competência, na telinha “aberta” ainda tem muito “lixo”, mas as vezes há um resgate e temos o privilégio de assistir ao que na minha opinião é ARTE.
E por falar em arte, outro momento mágico de Gabriela:
Um belo final de semana para vocês.

sábado, 8 de setembro de 2012

O primeiro banho, no Atlântico Sul, ninguém esquece.

Eu , a Lu e o Th do meio, fomos dar uma banda no suli para resolver algumas paradinhas domésticas.
Resolvemos levar Amora, sabe como é , Amora é manezinha, e como tal tem que conhecer o mar, tomar um banhão para sentir o sal, a areia, o sol, e a deliciosa agua fria da Atlântico Sul; tipo batizado saca ?
Alguns vão pensar: cachorro na praia!?
Realmente é algo complicado e normalmente não levamos as meninas no mar, mas como aconteceu com a Frida, cujo batizado foi na Lagoa, tínhamos que levar nossa doce Amora para "experienciar" nossa maneira "anfíbio" de ser.
O trajeto para o suli, já é um presente da mãe natureza.
Saímos do Itacorubi, subimos o morro da Lagoa, pegamos a rendeiras até a marina do Henrique, costeamos a Lagoa, entramos na Campeche para uma olhadinha na lagoinha, subimos o caminho do meu brother "Milton", entramos na Pequeno Príncipe, pegamos a rua da torre, costemos a praia do Campeche, e caímos de cara para o gol no Morro das Pedras.
No morro, nossas turistas nômades e seus filhotes, estavam observando os surfistas pegar uma onda.
Sabe como é, nossa bela ilha também é o "must" do reino animal; lugar o qual  as queridas baleias escolheram como: "o melhor litoral para dar a luz".
Nômades e nativos agradecem a deferência.
Enquanto a Lu e o Th, tentavam fazer Amora entender aquela coisa nova; tipo goiano e mineiro quando vão a praia pela pirmeira vez, saca?
Eu fiquei proseando com um brother local sobre as baleias e começamos a falar da Lagoinha do Leste, da época na qual o manezinho passava os finais de semana em uma barraca curtindo a natureza.
Foi um papo muito legal onde a emoção aflorou quando meu brother lembrou do Tiburcio Manoel Duarte.
Tiburcio, viveu alguns anos na Lagoinha, onde na década de oitenta construiu uma casa com garrafões de vinho e argila .
Infelizmente, há alguns anos, nosso brother ermitão foi encontrado morto e segundo relatos da época o motivo da morte foi enforcamento, possivelmente motivado pelo amor, ou desamor, de uma jovem.
Após o papo bacana com o manezinho local, fui conferir como Amora estava encarando suas novas descobertas.
Amora ficou ressabiada com o mar, latiu para as ondas e provou o sabor da areia e do sal marinho.
Eu fui encarar o mergulho nas ondas geladas, para aliviar o corpo e o espírito das mazelas do cotidiano.
Bem, é isso, nossa bela ilha tem histórias e estórias, mitos, lendas e essa relação mágica entre o homem, o mar, a natureza e nosso pai.
Pensando no papo com o manezinho, nas baleias, no dia com Lu, Th e Amora e o privilégio do momento.........
"A lua está aproximadamente a 385 mil quilômetros da terra e é somente 1/400 do tamanho do sol. Sem nenhuma luz ou calor próprio, ela reflete o esplendor do maior corpo celestial. A lua parece ser relativamente insignificante. Todavia, ela move os oceanos do mundo por sua força gravitacional de forma quieta e quase imperceptível.
A maioria de nós não parece ser alguém de muita influência ou muito conhecido. Não temos dons especiais, nem riqueza ou posição para ter grande influência na sociedade. Os nossos nomes não aparecem nos jornais, e não são mencionados na televisão. Podemos pensar que tudo o que nos resta fazer é praticar a nossa fé na rotina monótona do cotidiano. Mas, talvez, sem nos darmos conta, estamos influenciando os que nos cercam, através de nossa atitudes à semalhança de Cristo"
By Francis Thompson.

 





sábado, 28 de julho de 2012

Jorge Amado, Shakespeare e Nelson Rodrigues


Atualmente estou professor, com exceção das segundas, até as 22:30h e nas últimas semanas, confesso, retorno ao lar pensando em assistir novela, mas precisamente “Gabriela”.
Algo que considero merecedor de público.
O belo romance de Jorge Amado, “remasterizado” by telinha, oferece interpretações brilhantes, de novos e conhecidos artistas, em situações existenciais dignas de reflexão e cuja abordagem engloba questões culturais, sociais e econômicas da época e que são retratadas de forma brilhante.
Lembrando dos capítulos semanal, me veio : 
01 – Moral estranha :
As damas, enquanto esposas do poder, são merecedoras de respeito e reverência sob a batuta da  ditadura dos coronéis cuja “constituição” feminina era fundamentada por  um direito e um dever :
Direito – submissão sem opinião e sem prazeres “mundanos”
Dever – meu “marido” é meu pastor e nada lhe faltará.
“Você se rendeu aos “encantos” de seu noivo, que a seduziu e a possuiu irracionalmente. Um momento animal onde a mulher foi apenas um depósito de esperma. À mulher resta apenas as portas do Bataclan, onde ao menos a comida e o abrigo se faziam presentes e cujo pagamento era provido pelo ato de abrir as pernas.”
02 – Amores proibidos.
Os coronéis eram detentores da vontade da prole feminina e as belas donzelas eram “jogadas” aos braços dos interesses e conveniências político-familiares.
03 – Poesia e prazer
O professor poeta teve três “belos motivos” para trair o amor platônico e se entregar aos prazeres da carne oferecidos pela “teúda manteúda”. Até eu meu caro professor........
04 - Escravidão
O pai  entrega a filha aos desígnios do prostíbulo e sua virgindade é leiloada para atender aos impulsos machistas. Algo que , infelizmente, continua ocorrendo.
05 – Desejo
A bela e respeitável dama não resiste ao chamamento do prazer e se entrega de corpo e alma as carícias de seu amante. A carne é fraca e ela cansou de compartilhar o leito com um babaca.
06 – Liberdade
Nossa querida Gabriela, com jovialidade, beleza e naturalidade, sobe no telhado para pegar a pipa cuja linha foi cortada pelo mauricinho bobão. Gabriela tenta mostrar para os ilustres moradores de Ilhéus que o “viver” é algo bem mais digno que prostituição, dinheiro e poder.
Este romance retrata uma sociedade que vivia sob o signo de uma dicotomia ética e moral, onde o respeito pelo próximo era proporcional ao status social, político e econômico , “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Bem, poderíamos dizer que a bela obra tem alguns lampejos inspirados por Shakespeare e outros por Nelson Rodrigues, elaborados de forma magnífica pelo grande Jorge, não acham ?
Para terminar minha divagação digital, segue uma do Chico que na minha opinião resume o desejo feminino de ontem, de hoje, do amanhã e do sempre.
http://www.youtube.com/watch?v=HxYZs031ZyI
Um beijão para mulherada...