domingo, 30 de novembro de 2014

Prefiro morrer do que perder a vida

Nesta sexta, fui pegar o Th do meio na rodoviária para curtirmos o final de semana e para realização de nossa confraternização mensal.
Ao entrar no carro ele disse:
- sabe quem morreu
Eu respondi:
- o Chaves
Ele complementou:
- eu fiquei emocionado e cheguei a chorar
Eu confessei :
- eu também.
Na década de 90, morávamos no quadradinho do cerrado, eu pegava os meninos na escola para almoçarmos em casa todo dia.
Os meninos, principalmente o Th do meio, almoçavam rapidinho para ver o Chaves e sua trupe.
Bem, o que podemos falar do Chaves e seus vizinhos, ou melhor, o que aprendemos com essa galera.
Chaves era o menino de rua, sem família, sem moradia, e seu refúgio, seu lugar de introspecção quando se sentia triste ou desamparado era um barril.
Chiquinha era a filha de seu Madruga, não tinha mãe,  a melhor amiga do Chaves e o chamava de Chavinho.
Quico era o menino mimado, filhinho da mamãe dona Florinda e não tinha pai.
Professor Girafales e primeiro mestre da galera e apaixonado por dona Florinda.
O dono do pedaço, ou melhor das casinhas do lugarejo era o seu Barriga, outra grande figura.
E também ‘tinha a bruxa do 71, dona Clotilde.
Quase ia esquecendo, tinha também a Popis e Nhonho.
Haviam outras personagens, que participavam bem menos das tramas diárias.
Os episódios de chaves e seus vizinhos, a cada dia, nos traziam novos aprendizados.
Havia o egoísmo do Quico, as birras da Chiquinha, as travessuras do Chaves, o mal humor de seu Madruga e dona Florinda, a bondade de seu Barriga.
Baseado nessas características pessoais as tramas eram elaboradas, e todas buscavam nos mostrar alguma situação de conflito nas relações, onde no final havia uma mensagem de bondade, perdão, doação e sinceridade.
Chaves usava algumas frases que nos levavam à alguma reflexão:
- Foi sem querer querendo.
- Ninguém tem paciência comigo.
- A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.
- Prefiro morrer do que perder a vida.
Além do Chaves, também curtíamos o grande Chapolin Colorado com a famoso “Sigam-me os bons”.
Chapolin era um herói diferente pois sua arma mais poderosa era a grandeza de seu coração, sua ingenuidade, sua personalidade.
Infelizmente não temos mais tramas com personagens tão queridas e que nos ensinavam, adultos e crianças, que a vida pode ser bela e honesta mesmo sem ter uma mesa farta e sem a apologia do consumo perene.
Ainda bem que meus filhos viam e aprendiam com Chaves e Chapolin os valores esquecidos no mundo contemporâneo.

Chaves e Chapolin morreram, mais não perderam a vida, pois se eternizaram em nossas mentes e em nossos corações. 

domingo, 21 de setembro de 2014

Casa dos Girassóis




Há uma diretriz no espiritismo que nos convida a assimilar um dos  propósitos de nossa existência, ou seja : “Fora da caridade não há salvação.”
Vamos entender que “salvação” significa a nossa evolução moral/espiritual, o nosso passaporte para mundos mais evoluídos.
Pensando em diminuir meus momentos de “umbral”, pois a minha prática da caridade ainda é irrisória, procuro aceitar os convites da Lu para participar de almoços  beneficentes, vamos dizer que eu pratico  o lado “confortável” da caridade.
Normalmente vamos aos almoços da SEEDE, local onde a Lu exerce sua doação, sua cota de cidadania, sua caridade. Costumo dizer que esse evento é a melhor relação custoxbenefício, em se tratando de almoçar fora, pois contempla o prazer de almoçar com a família, a oportunidade de saborear o alimento que é feito com amor e dedicação e a prática da caridade.
Neste do domingo o almoço foi em benefício da Casa dos Girassóis, uma instituição que como a SEEDE, tenta trazer alento aos menos favorecidos; onde pessoas voluntárias exercitam o amor ao próximo com um belo serviço social.
O cardápio foi rodizio de massas e estava divino, a massa,  os molhos, a salada, a caponata  de berinjela, o tomate assado enfim o resultado gastronômico de pessoas embaladas pela tríade dedicaçãoxamorxsinergia, tudo aquilo que a Gestão de empresas do mundo contemporâneo busca e que se transformou em um grande desafio empresarial; a diferença é que essas pessoas não disputam salários ou cargos, compartilham apenas o que chamamos de doação.
Bem, é isso galera no próximo domingo pratique o lado “confortável” da caridade e vá a um almoço beneficente, alimente seu corpo e seu espírito.
Vamos fazer uma bela semana.
https://www.youtube.com/watch?v=RCoHD3SNAFo


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Ostetto


Os meninos atenderam a meu convite, e fomos almoçar no Madero, nesta sexta.
Por coincidência foi o dia do aniversário, do paulista gaúcho mais manezinho que conheço e  cuja comemoração oficial vai rolar no “Zinga”, no dia 27, com direito a feijoada, pagode e camiseta, o carinha tá virando celebridade.
O almoço foi bacana, pois além do rango e do papo, é sempre bom encontrar a galera que fez/faz parte de minha caminhada.
Nosso mago da lente e autor do espaço digital “um breve instante no tempo...” (o blog http://miltonostetto.blogspot.com.br/  é fantástico, e o tema me levou a pensar em escrever um livro cujo título provisório é “Nômades e Nativos: um breve instante no tempo...” , acho que vai dar rock) chegou no dia anterior de seu passeio no RJ e nos contou da TPM Meeting extraordinária que foi regada a vinho,  algo que o Ostetto conhece muito.
Falei para o Ostetto me enviar a foto de seu encontro no RJ e que iria escrever alguma coisa ou seja, o alguma coisa passa por falar do Milton; o “manezinho italiano mais carioca que conheço” e que conheci em 2006, quando fizemos a romaria Distrito Federal – Ilha. O grande Milton  é uma daquelas figuras que você gosta de graça, sem fazer esforço. O sangue italiano pulsa forte, o jeitão é aquele: manezinho de ser e a ótica existencial é aquela que caracterizava o “carioca” de minha geração. Aliás, na minha opinião, muitos cariocas deixaram de ser “carioca” e agora só querem ser celebridade, do bem ou do mau, manipulada pela mídia, o que é lastimável.
A sexta foi bem legal e hoje eu e a Lu, fomos almoçar na SC 401, depois fomos ao lugar mais bucólico da ilha, a bela Santo Antônio de Lisboa, tomamos um café, deitamos na areia para ver o por do sol e fomos tomar sorvete, embalados ao som de jazz, na feirinha da praça.
A noite fomos comer tapioca, é aquela coisa da globalização gastronômica. 
Enfim, minha vida foi pautada por viagens, pessoas e lugares; vir para ilha me permitiu a continuidade deste aprender com o outro e a novas reflexões.
https://www.youtube.com/watch?v=cVBCE3gaNxc


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vote no César


Com a partida precoce do Eduardo Campos e diante da ascensão da Marina, os políticos das terras tupiniquins estão mais eriçados que barata em bico de galinha.
Atualmente sou cético em relação a classe política brasileira, em função da constatação de algumas características de nossa equivocada República, ou seja; o poder executivo no Brasil é, ou passa a ser, na essência; neoliberal ( abstraindo do “estado mais eficiente”), desde o senhor Fernando Collor. Não importa se antes da eleição o excelentíssimo candidato seja da “esquerda” ou da “direita”, foi eleito, vira neoliberal.
Neste “modelito” neoliberal/capitalista, nosso frágil poder executivo tem que negociar os mais diversos cargos com o “trem da alegria do legislativo”, usando estes como moeda de troca para tentar emplacar, o que entende ser “bom para o povão”.
Nossos ilustres congressistas são, vamos dizer, RIDÍCULOS. Claro que no contexto deste post, o “ridículo” pode assumir vários adjetivos, fica a cargo da imaginação do leitor e de tudo o que a mídia publica em relação a atuação desses senhores.
Podemos dizer que nossos políticos, antes de eleitos, tem que pedir benção e anuência aos  “agiotas” , depois de eleito tem que pagar a conta, aí meu brother o jeito é vender a alma para o diabo. As pessoas vão dizer que sou um frustrado, escrevo bobagens e por aí vai; na real alguns até parecem “decentes”, vamos dizer uns 2%.
Hoje dei uma olhada na tal “propaganda eleitoral gratuita”, sinceramente é algo sem noção e totalmente insipiente. Os pretensos candidatos vomitam coisas tipo:
- o Brasil precisa mudar
- sou a favor de negros, índios, gls etc
- vamos lutar pela ética
- me ajude a ajudar você
- vou lutar por você aposentado
- por melhores política públicas
- sou o fulano bombeiro, feirante, dono de mercado, líder comunitário, professor gente boa, enfermeira que gosta de velhinhos, sou a manicure gracinha, sou ex jogador de futebol, sou comediante, sou cantor de pagode
- vamos continuar os sonhos do Eduardo Campos
- vamos apoiar a Dilma
- sou petista desde que nasci
- por uma educação melhor
...............
Meu caro candidato qual é a porra do seu projeto, na sua avaliação quais são os dois (mais que dois é exigir muito) maiores problemas, de seu bairro, sua cidade, seu estado, seu país e qual a sua proposta de solução? Qual sua proposta para educação, saúde, transporte?
Galera, independente dos Eduardos, Marinas, Aécios, Dimas etc, nosso problema mais grave está na composição do LEGISLATIVO.
De fato, na minha modesta opinião, o cargo legislativo deveria se por concurso público, com vagas para as diversas áreas de atuação. Após aprovação no concurso o candidato concorreria a eleição e o povão elegeria alguém com conhecimentos em gestão para elaborar os projetos, leis etc visando garantir a eficácia dos serviços públicos e do estado, além disto , nossos ministros teriam uma qualificação mínima para exercer suas funções e por aí vai, vira um efeito em cascata, no bom sentido é claro, até para a escolha do poder executivo.
Alguns devem estar perguntando, onde entra a política neste modelo? É simples, não entra. Todas as tendências políticas no mundo, com raríssimas exceções, estão desacreditadas,  carentes de ideologias, repleta de interesses e a dinâmica do mundo contemporâneo exige uma nova visão para gestão do estado.
O estado deve ser gerido como uma empresa, com planejamento, metas, indicadores, supervisão e continuidade. Não cumpriu as metas companheiro? Pede para sair. Verba desviada companheiro? Processo e cadeia. É submeter o estado a lei Sarbanes-Oxley.
Bem, independente de minhas opiniões “anarquistas”, e pensando no modelo político atual vou votar no César. Um líder nato, que tem a visão e entende dimensão das necessidades básicas de seu povo, que sabe ceder e sabe punir, que entende a imperfeição do ser, que conduz seu povo para algo melhor e sabe encarar os dias ruins. Que expressa no olhar algo que não vejo nos olhares “humanos” do mundo contemporâneo.

domingo, 3 de agosto de 2014

O somatório das heranças psicológicas


E aí pintou essa coisa do veranico no inverno de Floripa, um desses insights sábios da natureza.

Já passava das 9h, estiquei o esqueleto e vamos vivenciar o domingo.

Fui na padoca, hoje dei sorte pois o pão estava quentinho. Não sei vocês, mas um café, com pão de trigo (mesmo que pão francês, pão de sal enfim nomes oriundos das nuances regionalistas) quentinho, manteiga e um queijinho, hoje rolou uma trançado com alho by Paraná, é tudo de bom. Alimentei as meninas (Frida e Amora) com banana e aí pensei em conferir a mar do Pântano do Sul, como a Lu estava empenhada nos estudos da herança psicológica pertinentes ao convívio familiar, que “influencia” a prole, acabei partindo sozinho.

Aliás é  bem interessante a pesquisa da Lu, pois “carregamos” mais de nossos pais do que pensamos, afinal ainda somos os mesmos, e ao decidirmos casar e ter filhos , a herança psicológica destes será o resultado do somatório das heranças psicológicas de mãe e pai  mixadas com as experiências existenciais próprias.

Bem, no caminho para o Pântano encontrei o meu brother Mago das Lentes e aí percebi que hoje, depois de algum tempo, haveria inspiração para escrever algo; é sempre bom encontrar o grande Milton com sua máquina de “captar emoções e momentos”.

Chegando no Pântano, fui dar um bom dia para o Atlântico Sul, o dia estava perfeito, 27 graus, uma brisa suave, uma marola para a galera do surf, para galera do jacaré, um bate bola na areia, um frescobol, as crianças brincando na areia, as meninas  tomando sol e tudo aquilo para quem não é do mar, não enjoar.

Passei alguns minutos olhando e ouvindo os belos acordes da natureza, algo tão magnífico e profundo quanto ouvir uma sinfonia, aí lembrei de um carinha que é zelador de um prédio no Campeche, certo dia batendo um papo ele me disse :
- na minha hora de almoço, sempre vou para o mar; às vezes pego umas ondas, outras fico quieto no meu cantinho de areia só ouvindo o mar, as ondas, o vento; o stress vai embora rapidinho.

O mar tem uma natureza harmônica que oscila entre a calma e a inquietação, entre a ternura e a aspereza, entre a alegria e a tristeza, enfim entre todas as heranças psicológicas, e próprias, que compõem nossa maneira de ser e de agir.

“A lua faceira recostou-se no mar,
hipnotizou-se pelas ondas inconstantes
e o brilho das águas,
e assim quis logo o mar, que lhe jurou noites de amor,
Mas sem amarras, o mar era liberto e nada lhe podia prometer !

A lua entristecida resolveu então,
só admirar as intrigantes e misteriosas
águas do mar ...
Entreter-se suas madrugadas com a melodioso som das águas,

E o mar não contentado 
tenta conquistar a lua romântica,
e enternecida de ilusões,
a mostrar-se numa exuberância,
chamando-a, e envolvendo com suas ondas insaciáveis...
Sem forças para resistir a lua pergunta : 
Para onde mar, queres chegar ? 

" Tu lua descobrirás o meu verdadeiro mundo, 
e saberás meu verdadeiro amar, 
e lá poderemos reinar ... "
BeatrizTrevisani


segunda-feira, 23 de junho de 2014

A Pedra que Canta! Um show de tecnologia, engenharia e beleza.








Tudo começou em um encontro na pastelaria com uns amigos, algo tipo por acaso, sem planejamento prévio.
- No feriado vamos para Foz do Iguaçu, disse a Ana ainda na carona do caminho.
Na pastelaria a Magali confirmou que iriam para Foz e perguntou se queríamos ir juntos e dividir a gasolina. A coisa ficou assim, tipo no papo; mas ao chegar em casa, a Lu olha para mim e pergunta?
- queres ir para Foz com o pessoal?
Após alguns anos de casamento percebemos que o “o queres ir” feminino, na real é: Vamos para Foz com a Magali e o Allan?
Como sou macaco velho e entendo um pouco, bem pouco, do universo feminino, disse: Vamos.
Reservamos hospedagem no mesmo hotel e na quinta partimos para nossa aventura.
Na sexta, como não poderia deixar de ser fomos até o Paraguai exercitar a lado consumista do mundo contemporâneo. Na real é um saco ficar andando por um lugar que mais parece o velho oeste by Tio Sam, um lugar feio onde as pessoas de maneira frenética precisam aliviar a tensão e a frustração do cotidiano, comprando o que julgam ser fundamental “possuir”: som, celular, brinquedo, tv, roupas e por aí vai.
Também comprei alguma tecnologia visando um upgrade doméstico pessoal, afinal também tenho minhas “recaídas”.
Bem, o sábado prometia, pois nossa agenda contemplava a visita a Itaipu e às Cataratas.
Itaipu é um projeto magnífico, que hoje é bem mais que apenas uma hidroelétrica, tem uma gama de projetos que contemplam a preservação do meio ambiente, a alfabetização da população carente, a Piracema para garantir a sobrevivência dos peixes, um instituto de inovação e tecnologia, empreendedorismo e a UNILA (Universidade da Integração Latino Americana).
É emocionante assistir ao filme sobre a construção e implantação da Usina; é grandioso. Ao visitar a infraestrutura de Itaipu, é impossível não se emocionar e não sentir orgulho por conhecer uma realização de tal magnitude, uma das sete maravilhas da engenharia.
Entendo que visitar Itaipu deveria fazer parte do currículo das instituições de ensino, além da importância do conhecimento do projeto visa o “resgate” do orgulho nacional, algo que parece aflorar, somente, nos jogos da seleção de futebol.
Após o presente Itaipu, partimos para as Cataratas. Impossível descrever com palavras o que são as Cataratas, eu e a Lu ficamos emocionados diante do belo presente da natureza. Sentir as gotas da força das águas é como ficar em comunhão com o Universo e uma paz inexplicável nos invade, é como estar em uma conversa de pé de ouvido com Deus e ele nos falando:
Estás vendo o quanto és pequeno diante de tudo o que te rege?
Estás vendo o quanto és responsável por preservar algo tão grandioso?
Estás vendo que és parte de um todo que não podes dissociar?
Visitar as Cataratas; é ir de encontro à harmonia, à beleza, à força, à perseverança, à origem, ao destino, ao amor e por que não dizer: à  fé.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vai começar a festa!



Bem,  estava navegando por uns e-mails antigos e surgiu este escrito em dezembro de 2009 e cuja narrativa descreve  nossa bela aventura rumo ao Maraca, para ver o Mengão ser campeão.
Bateu saudade dos Th e resolvi postar o e-mail da época.
"E aí nômades e nativos, dá-lhe dá-lhe dá-lhe ô !
Já era 09 da manhã, cabeça, corpo, membros e mente tentavam entrar no compasso para o despertar.
Teríamos que estar na rodoviária às 12:30min, não haveria tempo para almoçar e a opção foi tomar um café reforçado.
Ovos fritos, mortadela, pão, um café extra forte, deu para forrar a pança.
Fui chamar os meninos pois teríamos, ainda, que arrumar as mochilas e tomar banho.
A Lu estava preocupada, eu meio que na espectativa e os TH eufóricos, afinal ver uma final de campeonato brasileiro no Maracanã era algo novo e emocionante.
Às 12:30h estávamos na rodoviária e nosso buzão já nos aguardava.
Nos despedimos da Lu e do Th mais velho e iniciamos nossa aventura.
Ainda em SC paramos em três cidades para arrebanhar os outros malucos da Urubuzada.
Em Blumenau subiram os "gerentes" da torcida off RJ de SC.
Com eles, bandeiras, fogos, repinique, tamborim, bumbo, cavaquinho e algumas dúzia de latinhas de cerveja.
Em Jaragua subiram mais uns dez doidos e muita cerveja com direito a isopor tamanho família que foi no bagajeiro do buzão.
Em Joinvile subiram mais uns cinco.
Foram 60 no buzão e 12 na VAN.
Após Joinvile iniciamos definitivamente nossa caravana rumo ao Maraca.
O jovem diretor da off RJ, fez uma preleção, para galera, de como seria nossa aventura e que até teria um churras na concentração no RJ antes do jogo.
Falou sobre violência, provocação, que a galera da urubuzada era da paz , fez o marketing da torcida, falou das músicas, gritos de guerra, enfim todo aquele bla, bla, bla.
Não preciso dizer que nossa jornada foi regada a cerveja, músicas, jogo de truco a lá pela madruga o banheiro do buzão tinha o cheiro do inferno.......
Detalhe : como não bebi no buzão, afinal alguém teria que estar sóbrio, aturar as mesmas piadas dos bebum, várias vezes, não foi mole não, mas quem tá na chuva é para se molhar.
Chegamos no RJ às 09h, mas precisamente em frente a estação da Leopoldina e virando para praça da Bandeira rumo à Tijuca < Maracanã, Tijuca e Vila Isabel ficam colados>, aí começou a ficar bonito.
Começamos a cantar e tocar no buzão, o povão na rua dava o maior apoio e foi muito legal.
Chegamos na concentração da rua Haddock Lobo, que fica perto do Maraca.
Não teve o churras, mas tinha muita cerveja, aí eu também entrei no clima da cevada.
Lá por volta das 13h fomos para o Maraca.
Que coisa mas linda, o encontro nacional da nação rubro negra, baianos, mineiros, candangos, goianos etc.
Como tudo no RJ é bagunçado  não podia deixar de ter os malas, ingressos falsos,o "cinquentinha", a galera do mau e a polícia com aquele preparo e delicadeza habituais, mas tava valendo.
Às 13:30min estávamos dentro do Maraca e até às 19h foi um espetáculo que palavras não conseguem descrever.
Quando o juiz apitou o fim do jogo eu estava abraçado com os dois Th, pensando no Th e na Lu que ficaram, e no embalo da conquista do título com mais 90 mil malucos cantávamos :
Mengo, estou sempre contigo
Somos uma nação
Não importa aonde estejas
Sempre estarei contigo
O meu manto sagrado e a bandeira na mão
O Maraca é nosso
Via começar a festa
Dá-lhe dá-lhe dá-lhe Ô
Dá-lhe dá-lhe dá-lhe Ô
Dá-lhe dá-lhe dá-lhe Ô
Mengão do meu coração.
Como disse um dia o Marcelo D2 :
"No Flamengo tem um Ronaldo, é o Ronaldo Angelim"
Saímos do RJ às 22h e os malucos vieram dormindo como "anjinhos".
Ás 16h, na segunda, chegamos na ilha."
Um abraço para todo mundo.
http://www.youtube.com/watch?v=Fa5e7dWCzzI&feature=related
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Laços de família

A Lu foi pegar o Th do meio que acabara de chegar do quadradinho do Goiás e ele desembarcou com as lembranças do cerrado, o menino e a pipa, na mente e literalmente tatuadas no braço.
Ele partiu rumo a Blumenau e já havíamos combinado de curtir uma película no cinema, eu e o Th mais novo fomos caminhando até o Iguatemi e lá esperamos pela Lu.
Agraciado pelo "acaso", na entrada do cinema, encontramos meu brother mago das lentes e Regina.
Eu não havia lido nada referente ao filme Álbum de Família e não fazia ideia da grata surpresa que seriam os 130 minutos seguintes.
A película é magnífica e trata das questões humano/familiares com maestria.
Segredos, mentiras, dúvidas, o que foi dito, o que não foi, verdades, ciúmes, desejos.
Eu tenho por hábito dizer que há coisas, principalmente pensando em relacionamentos familiares, que podemos até pensar ou fazer, mais jamais deverão ser ditas ou expostas; pois agindo assim "corremos o risco" do rompimento afetivo devido ao que chamo de limitação evolutiva.
Depois de ver o filme, acho meu pensamento equivocado, ou seja em família tudo deve ser dito e quiça perdoado.
Para a Lu, o "quiça" denota uma frágil evolução moral e na sua visão é :
"em família tudo é dito e perdoado".
A película nos leva a uma bela reflexão sobre o convívio humano e a medida do quanto devemos ou podemos ser sinceros, francos, honestos.
Na saída do cinema, nos reunimos( eu, Lu, Th mais novo, Milton, Regina e amigos) e nossa noite terminou com aquele papo agradável sobre o filme, livros e como não poderia deixar de ser sobre família.
Vale conferir o filme, a grande Meryl Streep, para variar, dá um show de interpretação.
Em tempo :
Atenção meninos da TPM IS ALIVE, favor enviar e-mail confirmando a presença na nossa próxima assembléia que conforme divulgado será dia 25/01/2014 regada pelo Costelão do Milton
Beijos para todo mundo.