E
aí pintou essa coisa do veranico no inverno de Floripa, um desses insights
sábios da natureza.
Já
passava das 9h, estiquei o esqueleto e vamos vivenciar o domingo.
Fui
na padoca, hoje dei sorte pois o pão estava quentinho. Não sei vocês, mas um
café, com pão de trigo (mesmo que pão francês, pão de sal enfim nomes oriundos
das nuances regionalistas) quentinho, manteiga e um queijinho, hoje rolou uma
trançado com alho by Paraná, é tudo de bom. Alimentei as meninas (Frida e
Amora) com banana e aí pensei em conferir a mar do Pântano do Sul, como a Lu
estava empenhada nos estudos da herança psicológica pertinentes ao convívio
familiar, que “influencia” a prole, acabei partindo sozinho.
Aliás
é bem interessante a pesquisa da Lu,
pois “carregamos” mais de nossos pais do que pensamos, afinal ainda somos os
mesmos, e ao decidirmos casar e ter filhos , a herança psicológica destes será
o resultado do somatório das heranças psicológicas de mãe e pai mixadas com as experiências existenciais
próprias.
Bem,
no caminho para o Pântano encontrei o meu brother Mago das Lentes e aí percebi
que hoje, depois de algum tempo, haveria inspiração para escrever algo; é
sempre bom encontrar o grande Milton com sua máquina de “captar emoções e
momentos”.
Chegando
no Pântano, fui dar um bom dia para o Atlântico Sul, o dia estava perfeito, 27
graus, uma brisa suave, uma marola para a galera do surf, para galera do
jacaré, um bate bola na areia, um frescobol, as crianças brincando na areia, as
meninas tomando sol e tudo aquilo para
quem não é do mar, não enjoar.
Passei
alguns minutos olhando e ouvindo os belos acordes da natureza, algo tão
magnífico e profundo quanto ouvir uma sinfonia, aí lembrei de um carinha que é zelador
de um prédio no Campeche, certo dia batendo um papo ele me disse :
-
na minha hora de almoço, sempre vou para o mar; às vezes pego umas ondas,
outras fico quieto no meu cantinho de areia só ouvindo o mar, as ondas, o
vento; o stress vai embora rapidinho.
O
mar tem uma natureza harmônica que oscila entre a calma e a inquietação, entre
a ternura e a aspereza, entre a alegria e a tristeza, enfim entre todas as
heranças psicológicas, e próprias, que compõem nossa maneira de ser e de agir.
hipnotizou-se pelas ondas inconstantes
e o brilho das águas,
e assim quis logo o mar, que lhe jurou noites de amor,
Mas sem amarras, o mar era liberto e nada lhe podia prometer !
A lua entristecida resolveu então,
só admirar as intrigantes e misteriosas
águas do mar ...
Entreter-se suas madrugadas com a melodioso som das águas,
E o mar não contentado
tenta conquistar a lua romântica,
e enternecida de ilusões,
a mostrar-se numa exuberância,
chamando-a, e envolvendo com suas ondas insaciáveis...
Sem forças para resistir a lua pergunta :
Para onde mar, queres chegar ?
" Tu lua descobrirás o meu verdadeiro mundo,
e saberás meu verdadeiro amar,
e lá poderemos reinar ... " BeatrizTrevisani
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