Tudo começou em um encontro na
pastelaria com uns amigos, algo tipo por acaso, sem planejamento prévio.
- No feriado vamos para Foz do
Iguaçu, disse a Ana ainda na carona do caminho.
Na pastelaria a Magali confirmou
que iriam para Foz e perguntou se queríamos ir juntos e dividir a gasolina. A
coisa ficou assim, tipo no papo; mas ao chegar em casa, a Lu olha para mim e
pergunta?
- queres ir para Foz com o pessoal?
Após alguns anos de casamento
percebemos que o “o queres ir” feminino, na real é: Vamos para Foz com a Magali
e o Allan?
Como sou macaco velho e entendo
um pouco, bem pouco, do universo feminino, disse: Vamos.
Reservamos hospedagem no mesmo
hotel e na quinta partimos para nossa aventura.
Na sexta, como não poderia deixar
de ser fomos até o Paraguai exercitar a lado consumista do mundo contemporâneo.
Na real é um saco ficar andando por um lugar que mais parece o velho oeste by
Tio Sam, um lugar feio onde as pessoas de maneira frenética precisam aliviar a
tensão e a frustração do cotidiano, comprando o que julgam ser fundamental “possuir”:
som, celular, brinquedo, tv, roupas e por aí vai.
Também comprei alguma tecnologia
visando um upgrade doméstico pessoal, afinal também tenho minhas “recaídas”.
Bem, o sábado prometia, pois nossa
agenda contemplava a visita a Itaipu e às Cataratas.
Itaipu é um projeto magnífico,
que hoje é bem mais que apenas uma hidroelétrica, tem uma gama de projetos que
contemplam a preservação do meio ambiente, a alfabetização da população
carente, a Piracema para garantir a sobrevivência dos peixes, um instituto de
inovação e tecnologia, empreendedorismo e a UNILA (Universidade da Integração
Latino Americana).
É emocionante assistir ao filme
sobre a construção e implantação da Usina; é grandioso. Ao visitar a
infraestrutura de Itaipu, é impossível não se emocionar e não sentir orgulho
por conhecer uma realização de tal magnitude, uma das sete maravilhas da
engenharia.
Entendo que visitar Itaipu
deveria fazer parte do currículo das instituições de ensino, além da importância
do conhecimento do projeto visa o “resgate” do orgulho nacional, algo que parece
aflorar, somente, nos jogos da seleção de futebol.
Após o presente Itaipu, partimos
para as Cataratas. Impossível descrever com palavras o que são as Cataratas, eu
e a Lu ficamos emocionados diante do belo presente da natureza. Sentir as gotas
da força das águas é como ficar em comunhão com o Universo e uma paz inexplicável
nos invade, é como estar em uma conversa de pé de ouvido com Deus e ele nos
falando:
Estás vendo o quanto és pequeno
diante de tudo o que te rege?
Estás vendo o quanto és
responsável por preservar algo tão grandioso?
Estás vendo que és parte de um
todo que não podes dissociar?
Visitar as Cataratas; é ir de
encontro à harmonia, à beleza, à força, à perseverança, à origem, ao destino,
ao amor e por que não dizer: à fé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário