domingo, 15 de dezembro de 2013

O DEVER


Olá, há algum tempo não publico no blog; acho que ando um pouco desmotivado ou “des inspirado”, e me permitam o termo, devido a entender que as pessoas atualmente só tem tempo para os flash´s existenciais by facebook; o que na dinâmica dos tempos atuais é algo, vamos dizer, natural.

Mas estamos chegando ao fim de 2013, e nos bate aquilo que chamamos de “espírito natalino” que resume toda aquela gama de emoções, profissionais e pessoais, contidas nos onze meses precedentes a todo novo ano.

Bem, terminei a leitura do século XIX, pensando em Brasil, esclarecendo que século XIX se trata da brilhante trilogia 1808-1822-1889 escrita por Laurentino Gomes.

A leitura dos três volumes, me levam a uma grande reflexão, notadamente do que eu poderia classificar de: “de onde vim”, “onde estou” e um possível “onde chagarei”, pensando nos aspectos políticos,sócios e econômicos e constatando que “ainda somos os mesmos”, independente da “ideologia” que comanda a nação.

Entendo, e aí segue como dica, que todos deveriam ler a trilogia, pois a meu ver carecemos do real entendimento de nossas “raízes históricas”, em um contexto mais amplo, o que implica na falta de discernimento no momento da ação, ou melhor, decisão, para que juntos possamos nortear as belas terras tupiniquins rumo a alguma evolução social e moral.

Nos últimos dias, achei interessante alguns fatos que me chamaram a atenção, ou seja:

01 – estava tomando café no centro de Floripa e peguei o DC que estava “abandonado” no balcão, os outros frequentadores do café estavam “navegando” em seus respectivos aparatos tecnológicos.

02 – estava esperando para ser atendido por um ortopedista, e aproveitando a espera, estava lendo um capítulo de 1889, uma criança de uns 07 anos recebeu da mãe um tablet com joguinhos e a maioria dos demais pacientes, navegavam em seus aparatos tecnológicos.

03 – hoje fui dar uma banda no Pântano do Suli e parei para tomar meu café, mais uma vez peguei o DC abandonado e a maioria dos demais frequentadores navegavam em seus aparatos tecnológicos.

DC = Diário Catarinense

Conclusão: eu gosto de papel!

É isso aí galera, desejo muitas felicidades para todos e que 2014 seja belo, sensível, amoroso, bondoso, amigo, saudável, caridoso... e para que isto seja possível, cabe a cada um de nós apenas cumprir o que podemos chamar de : “DEVER” .

“O dever reflete, na prática, todas as virtude morais; é uma fortaleza da alma que enfrenta as angústias da luta; é severo e dócil; pronto para dobrar-se às diversas complicações, mas permanece inflexível perante as tentações. O homem que cumpre seu dever ama mais a Deus do que às criaturas, e ás criaturas mais do que a si mesmo. É, ao mesmo tempo, juiz e escravo em sua própria causa.” trecho do capítulo 17, do livro O Evangelho Segundo Espiritismo, pág 197.

http://www.youtube.com/watch?v=Z3A9NybYZj8

domingo, 27 de outubro de 2013

Os dinossauros, o bonitinho, o VIAGRA e a caganeira.

Na última quinta realizamos mais uma TPM IS ALIVE.

Nossas reuniões mensais tem sido bastante divertidas, pois falar de trabalho é proibido e  o que não faltam são histórias hilárias de experiências vividas por aqueles que realmente “construíram” o mundo das Telecomunicações nas terras tupiniquins e que tem muita coisa, pessoal e profissional, para ensinar a galera que está chegando.

Nossa reunião foi embalada pela história do “bonitinho”, cujo teor aguçava a curiosidade, por mais de vinte anos, do nosso brother Airton e só agora foi revelada; em seguida rolou outra bem divertida cujas personagens principais foram: um VIAGRA acompanhado por uma caganeira inesperada, vamos dizer que foi o efeito colateral do artifício químico para “fortalecer” a ereção, coisas de fazer o Nelson Rodrigues tremer no túmulo.  

Você querido leitor de nosso blog deve estar pensando: 
- legal, mas o que realmente rolou  nessas histórias ?

Bem, respeitando nosso “ciclo”, nossa próxima TPM IS ALIVE será dia 21/11; te esperamos lá para contar estas e novas histórias................ 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A TPM no embalo das águas virgens.



A galera da República Federativa da Paraíba foram os últimos a se despedir de nosso intensivo de 02 dias, o qual participaram todas as regiões das terras tupiniquins.
Que as demais regiões do país não fiquem com “ciúmes”, mas a galera do nordeste tem algo especial, eles sempre estão de bem com a vida, sempre tiram um sarro da situação e são muito amáveis.
Foram dois dias bem legais para mim e espero que tenha sido para todos.
Já passava das 18h, dei uma verificada na estrutura da Vue Pearson e parti para nossa reunião mensal  “TPM IS ALIVE”.
Cheguei às 19:10h e estranhei pois meu primeiro ministro, o mago das lentes, ainda não havia chegado, então resolvi ligar :
- e aí meu brother, já tomei um monte e ainda não chegaste ?
- porra brother, estou saindo da fisioterapia, já estou chegando! (depois descobri que na real nosso mago estava no esquenta no “gato mamado”; é mole ?
Cheguei em nossa sede itinerante e meu brother paulista-gaúcho-manezinho já estava sentadinho esperando o povo.
Dei um abraço a “lá Albino” no grande Cezar e começamos os trabalhos da noite. O carinha do bar olhou para mim e perguntou:
- já escolheste a bebida?
Respondi:
-não.
De repente ele chegou com uma garrafa na mão e anunciou:
-esta cerveja é especial, é feita na Patagônia com as águas virgens das geleiras e é vermelha.
Rapidamente pensei  “ estamos na reunião da TPM, a cerveja é de água virgem e vermelha?”, tudo a vê, meu brother manda duas!
Logo depois chegou meu primeiro ministro, que é o cara, outro abraço a “la Albino” e vamos encarar as águas virgens.
Mais um pouquinho chegaram o CPA MAN, o CONFIGURATION MAN e nosso grande FISH MAN.
Nossa pauta foi embalada pelos mais variados temas; mas o que marcou foram as aventuras do meu querido mago das lentes no período mágico da universidade. Rimos bastante e com certeza cada um de nós realizou uma viagem virtual e insólita aos tempos “remotos” de nossas vidas, ou seja: “o dia em que saímos da casa da mamãe”, sendo que esta saída para alguns foi física e para outros foi para a “vida”!  
Papo vai papo vem, o mengão perdeu por 4x2, a virgem acabou e terminamos nossa reunião acompanhados pela Bierland, que não é tão virgem assim...........
É isso aí meninos, entre o aqui , o agora, o amanhã e o sempre a “TPM IS ALIVE”.
Tema de nossa próxima reunião que será no dia 24/10/2013.
“Baseado na teoria do domínio do fato se uma garrafa da cerveja PATAGÔNIA ficar choca, o culpado será o peixe?”

sábado, 14 de setembro de 2013

Os embargos infringentes na teoria do domínio do fato.

Há alguns dias a Lu me convidou a assistir o filme “Hannah Arendt”, um filme bastante interessante sobre a famosa filósofa alemã.
A película tem como tema principal o julgamento de Adolf Eichmann e a análise deste, feito por Hannah, no tocante ao aspecto, ao comportamento e atitudes humanas, na época da segunda guerra e os campos de concentração.
A análise feita e publicada  por Hannah lhe traz conseqüências surpreendentes pois para o povo judeu ela estaria sendo condescendente com Eichmann e acusando alguns judeus da “conivência oportuna” diante das ações dos nazistas.
O que mais me chamou a atenção no filme foi o perfil psicológico, traçado por Hannah, de Eichmann, ou seja : “um ser incapaz de pensar”, de ter discernimento, bom senso e etc.
O julgamento do famoso, intrigante e contraditório mensalão, no mínimo, tem nos proporcionado o “conhecimento” daquilo que vou chamar de terminologias jurídicas intrigantes:
“teoria do domínio do fato”
“embargos infringentes”
A primeira nos traz a opção da definição da culpabilidade não na ação, mas no conhecimento e responsabilidade pelo fato.
A segunda nos traz a recorrência onde entendíamos que a mesma não seria possível.
Diante deste fato podemos inferir que um adolescente de 17 anos que mata um pai de família não tem culpa do crime, a culpa deve ser imputada ao político , conforme apresentado no magnífico filme Tropa de Elite II, que é conivente com o tráfego, é corrupto e etc.
E diante deste mesmo fato, podemos inferir que este mesmo político, ao ser julgado pelo STF, pode utilizar do recurso dos “embargos infringentes” para recorrer de uma pena, responder em liberdade, o processo durar uns 30 anos e prescrever devido a “longevidade” da decisão.
Não lembro se Eichmann foi considerado culpado por unanimidade mas se não, e se o julgamento fosse no Brasil, seu advogado poderia recorrer da sentença baseada na teoria do domínio dos fatos, se é que assim o foi, utilizando o recurso dos embargos infringentes, se é que isto existe em alguma outra corte no mundo.
De fato poderíamos pedir a brilhante filósofa alemã para fazer uma análise do perfil psicológico dos réus do mensalão. Pensando em Terra Brasilis, além do estudo da análise psicológica que de fato não exime o réu de sua culpabilidade, talvez o resultado da análise pudesse ser utilizado como um novo recurso jurídico, ou seja: similar a Adolf Eichmann os acusados no mensalão poderiam ser definidos como seres incapazes de pensar, de discernir entre o certo e o errado, de realizar por realizar sob o estigma de uma “ideologia” e serem absolvidos por unanimidade ou não, pois embargos infringentes não é recurso da acusação, ou é ?
Enfim, quem sabe daqui há alguns anos o Th mais novo, que iniciou o curso de Direito, possa me explicar o que é esta coisa chamada “Lei” e a Lu , que iniciou o curso de psicologia, possa me explicar esta coisa chamada “comportamento humano”. 

domingo, 4 de agosto de 2013

Eu e Alfredo



 
O ano era 1982, o mês dezembro e já haviam passado 03 anos entre Santana do Livramento, Rosário do Sul, São Gabriel, São Borja, Alegrete, Horizontina, Uruguaiana, Santo Angelo,  Santa Maria, Cachoeira do Sul, Porto Alegre, Frederico Westphalen, São Luiz Gonzaga e Santa Rosa; eu já falava “tchê !” “piá”, “buenas”, “mais firme que palanque embainhado” e por aí vai.
Recebi a informação que iria deixar as terras do Sul e partir para o quadradinho do Goiás, estranhei um pouco mas como na época eu estava mais para nômade do que para nativo e minha profissão continuava a me embalar nos acordes de “Mande notícias do mundo de lá”, uma viagem a mais ou a menos fazia parte de meu cotidiano.
Deixei o Sul com um sorriso e algumas lágrimas. Fiz uma parada no Rio para ver a família e em janeiro de 1983, eu, o Luis e o fusquinha rumamos para o Planalto Central. Uma viagem que mudou definitivamente minha vida de “nômade”. Uma história que em outra oportunidade irei relatar.
Depois de atravessar a enchente em BH, literalmente o fusca ficou híbrido, chegamos ao Distrito Federal.
Clima seco, cultura diversificada, pessoas com os mais variados sotaques, comida arroz com pequi, arquitetura do Oscar; tudo bem diferente do que até então eu estava habituado.
Brasília era a W3, o Brasília Shopping, o Gilberto Salomão, o Pontão, a piscina com ondas, a feijoada no Cristal,a pizza no prima, a pizza no Germana, o pastel na Viçosa, a feira Hippie, a feira do Guará, a Festa das Nações, o pagode no Rio Grande do Norte, o bar Amigos, o karaokê no Varandas, a boite Xadrezinho, a Sunshine, o Libanus e os clubes/praias dos candangos.
Nesta época, eu e o Luis, fomos morar na 308 Sul e conhecemos grandes figuras, entre estas  o Lineu e meu grande brother Alfredo.
Foi muito legal este momento de minha vida, nos divertimos bastante.
O Alfredo é uma daquelas pessoas que entra na sua vida com uma forte identificação, o cara vira amigo, tipo “tamu junto”, “é nóis”, saca. Um cara como o Maurício, que é meu irmão e que conheço desde 1971.
Em Brasília vivemos alguns momentos muito legais, como o final de semana que passamos em Itiquira, eu a Lu, Alfredo e a Katia. Passamos as noites jogando cartas e literalmente tentando afastar os aracnídeos que insistiam em nos visitar.
Na última sexta a Lu me avisou que o Alfredo estava ficando mais velhinho, não consegui falar com ele, mas a Lu sim e soube que ele está quase “vovô”.
A última vez que vi o Alfredo, foi uma surpresa da Lu na minha festa de 50 anos; quando o vi não consegui dizer uma única palavra, nos abraçamos, aquele abraço que diz tudo o quanto a emoção não permite verbalizar.
Ao longo dos meus 55 anos, entre chegadas e partidas, entre o aqui, o ali e o agora, conheci muitas pessoas e alguns Alfredos e Maurícios .
O poeta dizia algo tipo “posso perder os amores, mas é inconcebível perder os amigos”, como a Lu é minha melhor amiga, tenho que concordar com  o poeta.
Para o Alfredo aquele abraço que trocamos em outubro de 2007.

sábado, 22 de junho de 2013

Gandhi, Luther King, o chinês, Neda Agha e os jovens brasileiros.

Quando começaram os protestos, confesso que pensei : mais um movimento manipulado pela “esquerda/direita” política sindical insipiente by Brasil.
Estava totalmente enganado, até que enfim. 
Uma atitude iluminada se fez presente nas cabeças maravilhosas dos jovens, trabalhadores, crianças e idosos brasileiros, estamos firmando posição e dizendo não ao “sistema”. 
Infelizmente, junto a este belo movimento há infiltrações daqueles que querem desestabilizar algo forte, sincero e honesto mas a história da humanidade é pautada por quem realmente faz e os “aproveitadores” de plantão. Faz parte. Tenho certeza que os anseios da galera não serão comprometidos pelo lado “obscuro” da força.
Revendo a história da humanidade, nos últimos dois séculos, algumas personagens fizeram a diferença com seus posicionamentos, atitudes e palavras; focados em desejos de manifestações pacíficas em benefício daqueles que são oprimidos pelo poder da força, pelo poder da grana ou pelo “populismo” inconseqüente e pernicioso.
Gandhi, Martin Luther King, o chinês que encarou os tanques na Praça da Paz Celestial e a bela Neda Agha, que ousou ir contra a ditadura do Srº Mahmoud Ahmadinejad (brother do Srº Luiz Inácio), fizeram a diferença em situações políticas bem mais perigosas que a nossa, e doaram suas vidas por uma existência mais digna para seus respectivos povos.
Ao ver as manifestações, lembrei de minhas experiências pessoais. Participei de algumas manifestações na Av. Rio Branco no RJ. Em uma destas, a chamada passeata dos telefônicos, brigamos até contra a imprensa, para variar com os “profissionais globais”. Outras passeatas foram no DF, também com o pessoal das Teles. Fui presidente de Associação de Técnicos, fui petista de carteirinha, fui processado pelos “companheiros” e descobri que quando você entende como é a “politicagem” no Brasil e tem alguma dignidade, sai fora.
Os párias do Congresso Nacional e Assembléias Legislativas não conseguem assimilar um movimento sem a famosa “liderança” da manipulação política. Senhores políticos, este movimento não tem a hipocrisia política que permeia suas mentes, é simplesmente uma demonstração universal de cidadania e civilidade. Os jovens brasileiros estão cansados de tanta irresponsabilidade, desonestidade e improbidade que tornaram-se o "pré e o pós requisitos" de seus respectivos mandatos, cuja diretriz poderíamos resumir em :
"Venha a nós, ao vosso reino nada."
A mídia se diz surpresa ao ver o povo brasileiro, uníssono, cantando nosso hino nos estádios, durante a copa das Confederações; senhores, este ato é uma obrigação cívica do cidadão para com sua pátria. Deveríamos sim estar orgulhosos de ver nossos meninos e meninas, pintando as caras de verde e amarelo, empunhando nossa bandeira e dizendo:

ESTAMOS CANSADOS DE TANTA PODRIDÃO!

Infelizmente não temos (ou será que temos?) como exigir dos senhores políticos:
PEÇAM PARA SAIR! 
Mas quem sabe este belo movimento de manifestação popular consiga resgatar alguma dignidade para exercício do cargo público mais bem remunerado do país. Se o Congresso Nacional fosse privatizado, o idioma dos ocupantes das cadeiras, da Câmara e do Senado, não seria o português, pois na disciplina Gestão o poder público nacional dá um show de INCOMPETÊNCIA.

Aos queridos jovens, crianças, trabalhadores, idosos deste belo país e a minha querida Lu, que encarou a manifestação sozinha, na chuva e no frio; obrigado por me permitir renascer para algo que nunca deveríamos deixar esmaecer: 
O AMOR A PÁTRIA!
Tenho um imenso orgulho de vocês.


domingo, 26 de maio de 2013

Uma menina me ensinou, quase tudo que eu sei.........


Entramos no cinema e uma expectativa natural se fazia presente, notadamente na Lu ( candanga por amor e nascença ) e em mim (candango por amor e opção). Me chamou a atenção o público presente na sala de exibição cujas idades variavam dos 13 aos 60.
A película começou ao som de  “Tempo perdido” e a esplanada dos ministérios como pano de fundo. Bateu um mix de nostalgia, saudade e em poucos segundos um turbilhão de pessoas, lugares e momentos povoaram minha mente e meu coração. Logo em seguida aparece o “Renato” de camelo e seu jeito “peculiar” de ser, interessante como o ator lembra o Renato.
Durante os 104 minutos de filme revivemos nossa época de “quadradinho do serrado”. 
Cheguei pela primeira vez no DF, um lugar diferente de todos os quais eu já havia conhecido e com uma “sintonia” que não consigo explicar, em janeiro de 1983, nesta época convivi com alguns carinhas muito legais, Alfredo e Kátia, Lineu, Alexandre, Luiz Antônio, Liana, Rubinho, Petrônio, a galera da SESA e com a galera local, a Lu, Lucimar, Fernando, Farofa, etc. Frequentávamos os clubes, as festinhas e o som que rolava era Legião, Plebe, RPM, Paralamas, Capital e por aí vai.
Após um período fora retornei em 1986 e saímos em 2006. Nesses 20 anos, com outros carinhas muito bacanas , (aqui não vou citar nomes pois corro o risco de esquecer alguém) tivemos o privilégio do convívio e continuamos a curtir as mesmas bandas by DF.
Como Eduardo e Mônica, eu e a Lu começamos nossa história, tivemos nossas crias, seguramos algumas barras, brigamos algumas vezes e hoje estamos vendo a história do Renato e com saudades daqueles que lá estão .
Para mim Renato é o maior e mais expressivo poeta urbano contemporâneo, que sabia como ninguém traduzir as questões existenciais em versos e músicas; bem interessante constatar, através do filme, como o Renato fazia seu “laboratório” para escrever coisas belas, fortes e profundas.
Como todo artista na essência, Renato viveu em um mundo cujos valores o impeliam para a inconformidade, devido a essa coisa vazia e insipiente que caracteriza o mundo do final do século XX e perpetua no século XXI.
Talvez Renato não tivesse “sexo” definido, pois em seu mundo a  afetividade superava o fisiológico e as demonstrações de afeto são independentes de gênero. Em sua história a pessoa mais importante foi uma amiga, cujo relacionamento transcendia ao que poderíamos chamar de um relacionamento “normal”, pois a cumplicidade dos dois era algo muito mais além  do, vamos dizer, convencional.
Renato teve vários insights e tentou, através de suas músicas, nos apresentar alguma consciência holística; além de nos mostrar em Faroeste Caboclo a realidade violenta da periferia urbana, entendo que Renato queria nos deixar algo mais belo, humano  e sensível, ou seja, que vale a pena apostar no amor embora para muitos isto possa parecer piegas.
Na próxima quarta eu, a Lu e o Th mais novo iremos conferir Faroeste Caboclo e eu espero descobrir porque Maria Lucia se casou com Jeremias.....

sábado, 11 de maio de 2013

A primeira briga entre as irmãs


Já passava das 23h , eu  estava só “a capa do Batman”, já havia tomado um banhão, colocado minha meia, meu pijaminha (sabe como é , no outono das  terras do Sul oscilamos entre os 11 e 28 graus) e já estava terminando minhas atividades virtuais, by Internet.
 A  Lu estava vendo a gravação da novela Global e eu pronto para ser embalado por Morfeu; em dado momento uma cena na telinha chamou minha atenção. Bem não sei os nomes das atrizes globais, mas uma delas em particular me encanta a interpretação. A personagem tem por nome  Lurdinha e na trama ela tem uma briga com a irmã Aisha por questões, vamos dizer, humano-existenciais.
Entendendo o fio da meada e sem entrar em muitos detalhes, a personagem Aisha está em crise existencial devido a constatação de sua origem pobre e humilde, e como não poderia deixar de ser está em “choque” emocional e cultural com a descoberta de sua família cujos  “valores” são tão diferentes; o que até certo ponto é natural.
Na cena rola aquele tipo de  discussão  comum entre irmãos, na qual o fator motivador seria  o que eu vou chamar de :a decepção pela atitude daquele que a descoberta, o carinho e o amor motivou a procura.
Afinal : "O sucesso de nosso relacionamento é dependente do equilíbrio que vamos conseguir entre o teu e o meu desejo."
A interpretação da bela Lurdinha foi algo brilhante e me fez constatar que , também em novelas, podemos ter o prazer de assistir algo belo, profundo e mágico, ou seja, quando uma interpretação nos leva a imaginar, por alguns instantes, que aquele momento é real. O mais interessante da trama é a tríade mãe biológica, mãe de fato, filha e a gama de emoções e sentimentos que envolve uma história bem distante da realidade da maioria de nós.
É isso aí queridos nômades e nativos, parabéns para Lurdinha que tenta nos lembrar , by telinha, que o amor para com nossas mães deve ser  incondicional.
Um beijo para velhinha, para Lu e todas as mulheres que “estão”, no contexto mais amplo:
MÃES...

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O rango



Estava preparando um post cuja abordagem focava essa infraestrutura inSipiente que inspira nosso modelo de gestão tupiniquim, mais sei que  alguns iriam concordar, outros achariam uma chatice, outros achariam que tem problemas “dimais” para pensar nesta coisa “mal/mau resolvida” chamada Brasil, enfim : resolvi falar de rango; quem sabe dá rock...
Vamos dizer que na cozinha sou um mix do Paulo, do Larica Total, com  o chef Claude Troisgros e dando asas a minha imaginação, às vezes, sai algo digno de ser saboreado.
Dei uma olhada na geladeira para ver o que iria rolar no rangão do almoço, já havia descongelado uma picanha básica que havia sobrado do churras com o povo do RJ, e constatei:
- o feijão cozido tinha acabado
- os verdes eram agrião, alface e rúcula
- havia tomate, cebola, pimentões ( amarelo e vermelho)
- havia abóbora, ervilha em vagem, quiabo, cenoura e batata
Resolvi fazer um estrogonofe de picanha a lá brother, com  ervilha refogada, arroz branco e uma salada com os verdes e tomate.
Vou então compartilhar a receita com aqueles que gostam de aventuras culinárias.
01 – cortei a picanha, 1,2kg, em cubinhos e temperei com alho, sal e pimenta preta
02 – piquei a cebola e os pimentões em pedaços pequenos, adicionei azeitonas verdes para acompanhar o molho da carne
03 – lavei o arroz
04 – lavei as vagens de ervilha
05 – piquei cebola e tomate em pedaços pequenos para acompanhar o molo das ervilhas.
Vamos preparar então :
A ervilha.
Espremi alho em uma panela, adicionei sal e coloquei para aquecer com azeite de oliva. Após o alho começar a querer grudar na panela coloquei as ervilhas para dar uma refogada básica depois de alguns minutos adicionei a cebola e tomate picados com um pouco da catchup apimentado, coloquei um pouco de água e deixei cozinhar até ficar ao dente.
O arroz.
 Espremi alho em uma panela, adicionei sal e coloquei para aquecer com óleo de girassol. Após o alho começar a querer grudar na panela coloquei o arroz e refoquei durante um tempo, logo após adicionei água fervendo, deixei em fogo baixo e esperei cozinhar.
A carne
Coloquei para aquecer na panela um pouco de óleo de girassol, após ficar bem quente, joguei os cubinhos de carne dei uma refogada básica e tapei a panela. Após um tempo a carne começa a criar água, tirei uma parte da água e fui “corando” a carne com  o óleo e adicionando de tempos em tempos aquela água que havia retirado ( não adicione mais água, faça este processo com a água da própria carne). Após a carne ficar coradinha, coloquei a cebola  e pimentões em cubinhos juntamente com as azeitonas, fiz uma refogada básica adicionando molho shoyo; após um tempinho adicionei o creme de leite e deixei ferver.
A salada.
A salada foi feita com as folhas de alface, agrião, rúcula e tomates em rodela.
Então, não é que o ranguinho ficou show de bola.
Em tempo: para acompanhar suco com maracujá tirado do pé do quintal de casa.
Coisa linda !!!

domingo, 31 de março de 2013

A cerveja




Este post deveria ter como título “A criatividade”, mas pensando em uma estratégia de marketing resolvi fazer uma “chamada” mais “instigante”.
Em outros momentos já havia comentado o quanto acho genial umas sacadas da galera da propaganda, da criação do comercial, ou reclame para os mais velhinhos.

O primeiro sutiã do grande Olivetto em 1987.

O belo e emocionante comercial do Boticário no dia das mães em 2008 http://www.youtube.com/watch?v=CT4pqnbjIt8

Nesta semana, o comercial que chamou minha atenção foi o da cerveja Bohemia. Independente da concorrência monopolizada das cervejas, o comercial tem uma grande sacada, principalmente no tocante ao “choque de ideias” de uma gestão jovem e “inovadora” com  a gestão velha e “tradicional”; da galera que é “macaco velho” no negócio.

O reclame consegue, de maneira subliminar e brilhante, demonstrar a diferença dos produtos, que são concorrentes, com relação a qualidade dos mesmos, comparando os apelos propostos para apresentação dos respectivos produtos, ao público alvo.

O final do comercial é sensacional e me fez lembrar uma galera do mundo de Telecom.
A direção, de algumas operadoras, poderia aprender alguma coisa com relação a “qualidade do serviço”, ouvindo alguns dinossauros......
Fui........

quinta-feira, 7 de março de 2013

Hipátia, simplesmente mulher.


No mundo contemporâneo, além da revolução “Sociedade em Rede”, a revolução “feminina” foi tão, ou melhor, mais impactante no tocante a, vamos dizer : relacionamentos, direitos e deveres.
Creio que em toda a história, nenhuma  “espécie” obteve tantas "conquistas", como ocorreu com o mundo feminino nos últimos 10 anos, e isto foi muito bom em todos os aspectos.
Há alguns dias comecei a ler o “Evangelho segundo Jesus Cristo” do grande Saramago. Já nos primeiros capítulos o que me chamou atenção especial  foi a descrição do papel da mulher, na sociedade da época , na  maneira magistral de como Saramago descreve Maria, sua relação com José e o quanto as mulheres ficavam em “segundo plano”, até a mãe de Jesus.
No domingo passado assistimos o Filme Alexandria, o filme retrata a época de 400DC, a disputa pelo poder entre judeus e cristãos e no meio do caminho uma mulher brilhante chamada Hipátia cujo grande pecado foi ter uma personalidade forte e ser filósofa.
O dia internacional da mulher teve como “inspiração” um fato trágico, ou seja:
“História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).”
Pensando na condição feminina e que, infelizmente, até nos dias de hoje ainda há aliciamento, agressões, tráfico e uma discriminação velada  com a mulherada; dedico este post às “Hipátias” AC e DC, as Hipátias da fábrica de tecido, as “Hipátias” que seguram as pontas de seus lares, maridos e filhos e as Hipátias que disseram NÃO mesmo quando o mundo dito masculino queria um sim inconsequente, obediente e escravo.
Repetindo o grande Gilberto Gil : “ Quem sabe o super homem venha nos restituir a glória, mudando como um Deus o curso da história, por causa da mulher”.
Um beijão para a mulherada.......