O relógio marcava 23:45h e eu chegava ao lar após conversar
com meus pupilos sobre XMPP ( Extensible Messaging and Presence Protocol ).
Para galera leiga, este “protocolinho” aborda a comunicação tipo chat e aquelas
coisinhas de status (ocupado, on line etc), tipo bate papo do Gmail. Se você
ainda não sacou deixa para lá, não é relevante.
Então! Cheguei em casa, dei um oi para O Th do meio, Amora e
Frida, olhei para o fogão e havia uma caixinha com algumas sfiras by Habib´s que
serviram para acalmar a larica noturna. Enquanto comia lembrei da salada do
almoço que foi agraciada com o alface e a salsa que plantamos em nossa pequena
horta, que fica ao lado do quarador, quaradouro ou coradouro. Foi a primeira
vez que comi uma alface que nasceu e cresceu em meu quintal, que também nos
brinda com limão, laranja, acerola, pitanga, jabuticaba e em breve maracujá
doce. Cada pedacinho do alface foi degustado como o “manjar dos deuses”, algo
mágico.
Dei uma zapeada na telinha, lembrei que Gabriela havia
terminado e cosntatei que a única preocupação da imprensa nacional era com os
efeitos Sandy em NY. Aliás adoramos documentar “tragédias” alheias.
Bem, os Th’s estavam em seus respectivos quartos e a Lu
também já estava nos braços de morfeu. Estava um p... calor e liguei nosso air
cooler refrigerado a água. As janelas estavam abertas e uma brisa suave afastou
as nuvens nos presenteando com a luz prateada produzida por uma brilhante lua
cheia. Não sei por qual motivo me veio à mente a bela cena da reconciliação da
Bié com o Nacib. Os dois face to face e Bié falando que era como o vento que
não pede para ventar, era a água e o fogo que brilha um espírito livre, que tem
o direito de ir e vir, de dizer não quando todos dizem sim, da escolha, dessa
liberdade que queremos e não temos. Surpreendentemente, tomando banho de lua, me
senti livre.
Como não há noite “lúdica”
que seja perene, nossos vizinhos mosquitos não estavam nem aí para minha “liberdade”
e começaram a imitar a esquadrilha da fumaça nos festejos nacionais; e é aí que
entra o tal ventilador. No verão passado a Lu comprou um
ventilador tipo aqueles que víamos em salões de beleza , saca!
Achei um tanto quanto estranho e o bicho
faz um barulho igual a hélice de avião bimotor, mas não há mosquito que resista
ao efeito “Sandy” do ventilador retrô. Lembrei do belo filme “O palhaço” do
Selton Melo, vale conferir.
É isso aí meus queridos como diriam manezinhos e baianos:
Que coisa linda por di mais....................
Beijo para todo mundo.