Olá pessoal, tudo bem?
Há muito não publico no blog e
fatos contemporâneos, notadamente nas Terras Brasilis, são ricos em inspiração
para aqueles que gostam de exercitar a escrita. Todavia, tudo que escrevemos
atualmente é passível de polarizações e sinceramente acho que cansei de ficar
tentando justificar o “óbvio”. Chegamos ao ponto de negar fatos e isso transcende
ao bom senso. Pensando em fatos, cabe um comentário sobre as Olimpíadas onde a
periferia está demonstrando que supera a miséria sem fim e é forte na
resiliência, na perseverança, na coragem, na fé, na esperança.
Bem, minha narrativa de hoje
trata de uma questão pessoal. Esta semana solicitei a empresa que fornece sinal
de TV a Cabo, a desativação/desinstalação dos pontos de TV aqui em casa. No
momento o qual estava em contato com a atendente do provedor, me veio
lembranças de um momento de minha vida profissional.
O fato ocorreu em 2004 ou 2005,
eu trabalhava em uma empresa de Telecom, que por interesses “sombrios” foi
vendida em 2009, e começamos a avaliar um serviço a ser disponibilizado para os
clientes, chamado Triplo Play. Este serviço unificava o acesso à Internet,
serviços de telefonia e vídeo on demand, em um único dispositivo, o que
hoje seria uma “smart TV”. Lembro que quando estávamos fazendo os testes,
comentávamos sobre a possível “falência” das vídeo locadoras e as dificuldades
para as empresas que forneciam sinais de TV no tocante a perda de clientes; com
a implementação deste serviço, sem contar com a “descontinuidade” de toda uma
cadeia produtiva e da criação de uma nova cadeia produtiva que exigia mais
especializações.
Atualmente em meu celular posso:
receber e enviar e-mail, assistir filmes/vídeos (Netflix, Amazon Prime,
Globoplay, etc.), fazer as tratativas bancárias, comprar, vender, ver o
noticiário, trabalhar, estudar, localizar, ser “induzido” ao consumo por
algoritmos diversos, ser “induzido” a interpretações erradas e corretas de
fatos, falar e ver qualquer pessoa em qualquer lugar, videoconferência, traçar
rotas etc. O planeta ficou “reduzido” a um celular e a um acesso à Internet.
Toda inovação tecnológica, ou
pelo menos a maioria, implica na descontinuidade de outras tecnologias, e
atualmente em uma rapidez nunca antes vivenciada, traz o que poderíamos chamar
de efeitos comportamentais que vão da depressão ao êxtase, do entendimento ao
equívoco, da informação a desinformação, da valorização do “supérfluo”.
Resumidamente, o “processo” de
criação ou trasnformação de uma tecnologia que irá descontinuar outra
tecnologia chamamos de tecnologia disruptiva. Este “processo” é um problema?
Dependendo de vários fatores, sim e na minha avaliação o maior problema é que
na tecnologia disruptiva, ou na utilização desta, está sendo “embarcada” o que
eu chamaria de “humanidade disruptiva” e este é o “ponto de inflexão” (parafraseando
o Flávio Augusto da Silva).
Será que estamos sabendo lidar
com os “efeitos” da tecnologia em nossas vidas, no nosso modo de pensar, no
nosso modo de agir?
Pense nisso!
Lembrei do Disk Amizade da Telebrasília.
ResponderExcluirÉ mesmo, era uma audioconferência limitada. Bons tempos.
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