segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nativo, nômade e forasteiro.


Esta semana pensei em dois “temas” como insumos para o post .
Um seria a F1 e o quanto a mesma se tornou “sem graça” sem a presença daquele que carregava a bandeira na mão e a pátria no coração, que realizava ultrapassagens incríveis, que desafiava tempo-velocidade-tecnologia e tornava a velha F1 algo emocionante e que dava muito tesão para assistir.
O outro seria a minha percepção em relação a metamorfose que Florianópolis sofre em função da invasão humana sazonal.
Como, nesta semana, o Sena foi bastante comentado e homenageado pela mídia e seu filme está chegando aos cinemas, vamos falar da população flutuante da ilha.
A primavera está de partida e estamos prestes a receber o verão e com ele aquele "mundão" de visitas, parentes ou não, principalmente no nosso belo litoral.
As cidades litorâneas são literalmente invadidas e um novo cotidiano é imposto aos nômades e nativos pelos forasteiros ávidos por aliviar o stress urbano e o “burnout” contemporâneo.
Definindo uma classificação, a la brother, da população urbana da ilha poderíamos ter :
Nativo – o carinha local, o que nasceu no lugar, na ilha seria o manezinho
Nômade – o carinha que veio de outra cidade para morar na ilha
Forasteiro – o carinha que está de passagem na ilha
Um amigo manezinho diz que o forasteiro só é promovido a nômade após cinco anos de residência mas jamais será um nativo, como tenho quatro anos de ilha, ano que vem ganho meu diploma, se a vida não me impor uma nova situação/condição de forasteiro.
Já vivi, ou melhor, passei por todos os “estágios” urbanos do Oiapoque ao Chui e também fora das fronteiras nacional, experiências fundamentais que me permitiram assimilar as “mudanças” (cultura, culinária, clima etc) impostas pelo destino.
Ainda estamos em novembro mas a nossa bela ilha já “sofre” a mutação humana; novas placas de carros, novos sotaques, outros comportamentos (piores e melhores), e a elevação natural do stress, agora dos nativos, em função do upgrade forçado do jeito provinciano de ser para atender as expectativas do "time" turístico.
A cozinha não pode fechar às 00h.
Vamos passar os próximos 12 finais de semana levando 3 horas para ir da Barra da Lagoa para o Itacorubi, o que por um lado não é ruim, é só ir parando na Galheta, na Mole e se estiver muito congestionado virar para esquerda para ver o surf da Joaca.
Ir para a Guarda, Rosa etc também vai ser aquela encrenca, pois a tal duplicação está mais morosa que obra de igreja, difícil de concluir.
Buscando uma visão “holística” do verão, nômades e nativos estão para o século XIX assim como o forasteiro precisa da globalização do século XXI e a democratização da ocupação, aquela coisa de “vamos invadir sua praia” pois estamos de saco cheio do escritório.
Vamos dizer que todos querem o mesmo, mas o fator motivacional é bem diferente.
O interessante da ilha é que quando você começa a ficar de saco cheio do inverno, chega o verão e quando começa a ficar de saco cheio dos forasteiros, eles estão de partida, sabe como é: “bem vindo a Floripa, mas não esqueça de ir embora” sem conotação de xenofobia, é claro.
A sorte do ilhéu é ser banhado pela friaca do sul, senão a ilha iria ficar “cloudiada” do inverno ao verão.
Para um nômade eu acho que estou bem manezinho, igual ao nosso querido mago das lentes http://miltonostetto.blogspot.com/.
http://www.youtube.com/watch?v=jPKutsLwt8U

6 comentários:

  1. uma sugestão: acordar beeeeeem cedo e ir à praia! ooo maravilha...até as Rendeiras fica mais bonita esse horário! iiihhh, contei um segredo!!
    Valeu, brother! beijão, Marcele

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  2. Amigo Emerson

    Estarei com a minha família na ilha após o natal até a chamada "virada". Espero ser maravilhoso como das outras duas vezes que tive a oportunidade de visitar Floripa que não fosse à trabalho. Prometo que vou tentar não causar transtornos na cidade!!!! ;)

    Abraços,

    Daniel Medina

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  3. Aliás, se puder dar dicas daquilo que só quem mora no lugar sabe... Coisas simples que fazem grande diferença.

    []s

    Daniel M.

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  4. bRother
    tu é o cara, Tax no Pantu do Suli no finali di semana??/
    abraço
    Milton

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  5. Caro Daniel, quando estiveres na ilha me liga, o telefone celular continua o mesmo. Vamos saborear um churrasco a la brother......

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  6. Grande Milton, neste final de semana não estarei lá pois vai ter uma festa da galera do UFSC com meus filhos na casa e vai ser de sexta a domingo. Mas vamos fazer nossa farra lá com certeza até o final do ano.

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