quarta-feira, 20 de junho de 2012

E a chamei de rainha....


Fotos Fonte : www.google.com

Após o pacto LULA-MALUF e o resultado previsto para Rio +/-20, podemos ter o seguinte resumo:
“A maior desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta” (Sêneca). - Fonte : http://www.mundosustentavel.com.br/2011/12/que-pais-e-este/ - blog do grande André Trigueiro. 
Como estou cansado da mesmice política de nosso falido modelo sócio-econômico, vamos abordar aspectos existenciais mais interessantes.
Na década de 70, assistimos a primeira versão de Gabriela para telinha, na qual a brilhante Sonia Braga incorporava a estonteante Gabi.
Como nossa criatividade está na base do lixão do Divino, a solução foi reeditar algo digno de encarar na telinha.
Na “remasterização” de Gabriela Cravo e Canela, a estonteante Juliana Paz incorpora a brilhante Gabi, e começou muito bem.
O belo romance,do grande Jorge Amado, retrata uma época onde mocinhos e bandidos assumiam os papeis de jagunços, coronéis, prostitutas, pilantras, malas, damas, manteúdas etc; uma época onde as mulheres eram tratadas como objetos, para não dizer escravas, cujas “funções” se resumiam nos afazeres domésticos, ir à missa e serem “ usadas”, respeitosamente e sem beijo na boca, ao bel prazer de seus coronéis que adoravam aliviar o stress, tomando as terras de alguém, dando porrada em outro alguém e satisfazendo suas luxúrias e fantasias sexuais nos Bataclan’s.
Como mudar o sistema é nosso maior desafio (lembram do capitão Nascimento ?) os métodos persistem em não mudar, apenas as personagens, pois estas adotaram o Planalto Central como a Sodoma e Gomorra contemporânea onde a isenção de culpabilidade é um belo atrativo.
Continuamos os mesmos.
Mas a arte nos traz momentos fortes, significativos e belos, através de suas personagens; e como não poderia deixar de ser, nossa doce Gabriela alegra-nos com esses encantamentos.
Na década de setenta, a indolente “SoniaGabi” toca o maior rebuliço na pequena Ilhéus, ao subir no telhado para pegar uma pipa, ontem a indolente “JulianaGabi”, toca um rebuliço maior ao tomar banho no chafariz da praça.
As belas cenas de “ontem” e de hoje, e aqui não há nenhuma conotação pejorativa, retratam momentos e emoções múltiplas: pobreza, fome, êxtase, autenticidade, desejo, sensualidade, beleza, surpresa, desafio etc.
Gabriela é um ser “indomável”, com personalidade e tem como premissa que “qualquer” ato que convém só é válido se acompanhado pelo prazer, mesmo que este seja fugaz.
Bem, é isso, eu também sou mortal e preciso de meu “second life” para uma terapia básica.
O poeta conseguiu traduzir o “ser” Gabriela, de forma magnífica, nas letras de uma bela canção.
Com certeza vale conferir.
http://www.youtube.com/watch?v=LrbHxYVnAe8

2 comentários:

  1. Legal, brother.. passando de Gabriela a Cap. Nascimento, pincelando nossa política e nos trazendo um pouco de reflexão sobre o comportamento humano. Não que eu seja da época da antiga Gabriela.. sem querer ofender, claro, mas décadas se passaram e a impressão que tenho é que muita coisa mudou para a mesma coisa, só que de forma diferente (minha vez de confundir.. :) ).
    Abração brother.

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