sábado, 15 de fevereiro de 2020

Bom dia Vietnã



E aí nômades e nativos, quanto tempo! “
Para aqueles que não sabem o “E aí nômades e nativos” é tipo um “Good Morning Vietnã”, guardando as devidas proporções, é claro. Era o “jargão” de meus e-mails semanais para galera do Centro de Gerência, que não era o Rio Mekong, mas também tinha muita “emoção”.
Creio que alguns gostavam de meus e-mails, outros achavam que era um monte de bobagens e os demais achavam que eu era doido.
Enfim, hoje levantei as 6, fui passear com a Nala e o amanhecer no Atlântico Sul estava embalado nos braços do vento NNE. Normalmente ventos norte-nordeste deixa o mar “sujo”, ou tipo caldo de cana, não é sujeira é uma corrente que vem do fundo do mar para superfície e aí a areia do fundo sobe, algo tipo ressurgência e a água estava, vamos dizer, geladinha.
Depois do passeio com a Nala bateu o rango, tomei meu café e depois fomos, eu e a Lu, ver se a água do mar estava salgada.
O mar estava com aquelas ondinhas básicas e bem legal para pegar um jacarezinho. Montamos nosso guarda sol, cadeiras, a Lu encontrou umas amigas e ficamos no papo e apreciando o mar.
Sempre observo o mar antes de entrar na água, vendo como está a sinalização dos bombeiros, e sempre entro onde não estão as bandeiras vermelhas, de preferência onde está a bandeira verde. Entrei na água e bateu o arrepio natural devido a temperatura. Depois do primeiro mergulho, ficou tudo de boa e comecei a brincadeira de “cavalgar” nas ondas e disputando espaço com os surfistas. Um jacarezinho aqui, outro ali e a brincadeira estava bem divertida. Marquei bobeira e de repente caí em um buraco, até aí tudo bem, quando subi esperei a onda para embalar em mais um jacaré, só que a coisa começou a ficar um pouco complicada pois caí na corrente de retorno. Olhei para direita não tinha ninguém, olhei para esquerda tinha dois surfistas e lá no “horizonte” o posto de salva vidas. Vamos lá, nadei e tentei pegar carona em uma onda, mas a correnteza começou a me puxar, pensei:
- Meu Jesus Cristinho, fudeu!
Bem comecei a lembrar das dicas para “sobreviver” nas correntes de retorno (não lutar contra a correnteza, manter a serenidade, nadar paralelo a areia da praia ou deixar a correnteza te levar, pedir ajuda)  e com tranquilidade e a ajuda de uma ondinha enviada pelo acaso, pelo destino ou pelo Papai do Céu, consegui sair do buraco. Coisa linda!
Bem, esta foi minha pequena aventura do dia.
A guerra do Vietnã, como atualmente a guerra da Síria, do Iraque, da Palestina os conflitos perenes na África etc., visam atender aos mais diversos interesses políticos e econômicos em um mundo de ideologias hipócritas.
Que, em um futuro próximo, “nossas lutas” se resumam em ter a serenidade para “dialogar” com a “natureza” e sair de uma “corrente de retorno”, pois quando brigamos com a natureza, todos perdemos.
Uma bela semana para todo mundo.

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