quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Onde eu possa


E aí pegamos o 320 para o DF. O comandante Almir estava de folga, mas acho que algum parente seu foi trabalhar na logística da bagagem pois a nossa só chegou no dia seguinte. Sabe como é :
- Almir! Essa é para ficar em Brasília ?
- Deixa aí mesmo meu querido, o voo está atrasado. Se alguém reclamar mandam de volta.......
Como bandeira pouca é bobagem ainda consegui esquecer a mala dos sapatos no transporte da locadora, tudo bem, no day after tudo tava no Guará.
Logo no desembarque constatamos que o clima no Planalto Central está aquela coisa do cuspe chegar, em pó, ao chão e os pássaros voarem apenas com uma asa, pois com a outra eles se abanam.
Infelizmente a cidade voltou a ser um grande canteiro de obras, patrocinado pela destruição ecológica e pela total falta de sustentabilidade. O Lula lembrou uma muito boa : “ Ele era tão pobre, mas tão pobre que só tinha dinheiro.....”
Esse Lula não é o presidente, claro, mas aquele que foi carcereiro do tenente Bandeira e até levava madame Satã para o banho de sol no Spa judiciário. Depois descobriu que presídio é coisa de bandido e foi para o canteiro de obras chamado Brasília encarar o trampo no Senado Federal, que nesta época não era o “paraíso” do funcionalismo público.
Conheceu alguns políticos e muitos politiqueiros. Sempre foi bom de bola, jogou no Flu ( time por opção), manda muito no samba ( Império Serrano de coração) e de vez em quando dá uma canja e faz aquela ginga do aviãozinho nos pagodes. Como ele mesmo diz : “Sou um coadjuvante da história deste país”. E é mesmo, tem muita história para contar e por um presente do destino é meu sogro. Um grande brother.
Dona Zilda, a grande sogra, em dia de inspiração fez aquela rabada com agrião. Algo tipo manjar dos Deuses, saca.
O resto da galera família continua correndo atrás do prejuízo para não ficar que nem papagaio que acompanha João de Barro, ou seja, não querem virar “ajudante de pedreiro”.
Encontramos também os queridos amigos e amigas de várias tribos, aquele povo cujo abraço é carregado de afeto e ternura e que aquece a alma e o coração.
Fomos conferir o rango no buteco do Claudinei, que é muito bom, fomos no Armazem do Ferreira tomar aquele chopp, fizemos aquele churrasquinho de gato no ASCADE, curtimos o pagode também no ASCADE, mandamos pra dentro a bomba do Bos’s, fomos treinar o canto e a alegria no Karaokê da Asa Sul,comemos manjubinha na casa do pai do Artur, fomos ao Pizza á Bessa ( onde só tomei coca devido aos exageros gastronômicos dos dias anteriores) e como nem só de pão vive o homem fomos ouvir as maravilhosas palestras/cursos no SEIR (Sociedade Espirita Irmã Rosália).
Foi muito legal visitar os nômades e nativos do DF e é muito legal estar de volta á minha querida ilha, ao Itacorubí e à “solidão” dos Açores.
Como agradecimento ao carinho de vocês, segue o link da canção que traduz tudo aquilo que sinto por todos...
http://www.youtube.com/watch?v=2SRjdcDxk1Y&feature=related

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