domingo, 10 de outubro de 2010

A cota do eu sei.



Na sexta, eu, a Lu e o Th mais novo assistimos o "Tropa de elite 2", que na minha opinião está magnífico, merecedor de um "Oscar".
Uma continuação brilhante do tropa1 e cujo tema principal, além da corrupção nossa de cada dia, é o que convencionamos chamar "O Poder do Sistema" onde o arroz com feijão é similar a macarronada italiana e ao burger king.
Nascimento tem alma de guerreiro e coração de justiceiro, entende que para dizimar o mau temos que também ser "maus", não tem esse papo de indulgência, pois nada é tão ruim que não possa ficar pior.
Em contrapartida existem personagens como o Fraga, o Gandhi do mundo contemporâneo (o che sem colete), que acredita que todo ser humano tem algo de bom e recuperável.
Outra personagem bem interessante é o Coronel Fabio, que desde o tropa 01 consegue conviver e sobreviver na tênue linha entre o bem e o mau, é corrupto mas não tem a essência do mau do Major Rocha, afinal como diz o próprio Fábio,"cada cachorro lambe sua caceta".
No tropa 2, Nascimento descobre que lhe "faltava" a malícia/conhecimento do jogo político, o conhecimento da conivência da politicagem com o bandidagem, mas ele acaba descobrindo, e de uma maneira um tanto quanto dolorosa.
Começa a entender o que é "política" quando "cai", de maneira conveniente, para cima, e vai ocupar um alto cargo na secretaria de segurança pública, ou seja, a proximidade do "rei" nos permite descobrir a podridão do reino.
Curiosamente o filme só teve sua estréia após às eleições e aqueles que irão assistir, ou assistiram, entenderão o motivo.
Há algum tempo digo que o "problema maior" não está no executivo nacional e sim no legislativo estadual e federal, entendo que o filme ratifica meu entendimento.
Como no papo entre Fábio e Rocha, onde Fábio cobra um percentual maior da cota do "Eu sei", o poder legislativo trata a cota como o quanto um "político" está de rabo preso com o "Sistema".
No filme, é bem interessante constatar que a personagem "superou" o ator, ou seja, não conhecemos bem o Wagner mas o capitão Nascimento é o cara, o paladino da justiça do Rio 40 graus.
Nosso "inconsciente coletivo" precisa de um capitão Nascimento para exorcizar os "vícios" herdados desde 1800, onde o povo da favela é "usado" ao bel prazer do dono da "senzala"; mas como isso, ainda, é apenas ficção nós permanecemos no :
"Se você quer me F....., me beija porra".
http://www.youtube.com/watch?v=YkA4CazdOh8

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